Os mercados acionistas registaram em novembro um segundo mês consecutivo de ganhos. O otimismo é movido por expetativas de recuo na rigidez da política Covid-Zero na China e de abrandamento da subida dos juros pela Fed e BCE
As bolsas fecharam novembro com o melhor desempenho do ano, até à data. O índice mundial MSCI registou uma subida de 7,6%, a mais elevada do ano. É o segundo mês consecutivo de ganhos, depois dos ganhos de 6% em outubro, e das perdas de quase 10% em setembro.
A consolidação da trajetória de subida bolsista deve-se ao otimismo nas expetativas de que a China ajustará as suas políticas extremas de Covid-Zero depois das revoltas populares (que ficaram conhecidas como o movimento das folhas de papel em branco) e de que os dois mais importantes bancos centrais do mundo - a Reserva Federal norte-americana (Fed) e o Banco Central Europeu (BCE) - vão abrandar o ritmo de subida das taxas de juro já nas reuniões de dezembro.
O mês ficou ainda marcado por uma quebra de 15% na capitalização das criptomoedas, com destaque para a falência da plataforma FTX. A capitalização caiu de 1 bilião de dólares para 864 mil milhões de dólares.
As crises cambiais motivadas pela apreciação do dólar norte-americano abrandaram. O dólar caiu em novembro face às principais divisas do mundo. O iene valorizou-se 8%, a libra 5%, o euro 4% e o yuan (a moeda chinesa) subiu 2,8% em novembro face ao dólar. O euro mantém-se a valer mais de 1 dólar (fechou em 1,04 dólares), a libra inverteu a trajetória para a paridade com o dólar (uma quebra motivada pelo anterior governo de Liz Truss), e a moeda nipónica afastou-se significativamente do limiar vermelho de 150 ienes por dólar (fechou novembro em 137 ienes por dólar).
Islândia e Nova Zelândia sobem juros para os níveis mais elevados nas economias desenvolvidas Descida da inflação na zona euro deverá afastar aumento de 75 pontos-base nos juros do BCE em dezembro Maioria dos banqueiros da Fed quer reduzir o ritmo de subida dos juros, revelam as atas da reunião de novembro
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