Economia

Associação de beneficiários lamenta ainda não ter sido desta a sua entrada na supervisão da ADSE

Associação de beneficiários lamenta ainda não ter sido desta a sua entrada na supervisão da ADSE

Eleições para o Conselho Geral e de Supervisão contaram com uma fraca participação – 4% do colégio de eleitores – e a Associação 30 de julho, criada em 2016, não conseguiu eleger candidatos

A Associação 30 de Julho, associação nacional de beneficiários da ADSE, lamenta, em comunicado, não ter obtido um número suficiente de votos para eleger os seus candidatos ao Conselho Geral e de Supervisão (CGS) do subsistema de saúde público, mas reitera continuar disponível para apoiar este órgão, em particular os membros que representam os beneficiários.

A Lista C, encabeçada por Rogério Matos, técnico superior da ADSE, e que contou com a cooperação da APRe! – Associação de Aposentados, Pensionistas e Reformados, obteve 4417 votos, número insuficiente para garantir a eleição ao CGS, “mas acrescenta responsabilidade à Associação 30 de Julho no sentido de continuar e melhorar o trabalho que vem desenvolvendo desde 2016, sempre com rigor, sensatez, fundamento técnico, espírito de solidariedade e vontade de esclarecer e apoiar os beneficiários”.

No total, 37.879 beneficiários titulares da ADSE participaram no escrutínio, dos quais 37.557 votos foram considerados elegíveis, segundo números fornecidos ao Expresso pelo representante dos beneficiários o Conselho Diretivo, Eugénio Rosa. São apenas 4% do colégio eleitoral que soma cerca de 935 mil beneficiários. A Associação 30 de Julho lamenta “a fraca participação dos beneficiários no ato eleitoral” e ‘culpa’, em parte, “a escassez de divulgação, designadamente, pelos órgãos de comunicação social”.

Frente Comum vence

A Lista B, liderada por Henrique Vilallonga e apoiada pelos sindicatos da Função Pública da Frente Comum (CGTP) e pelo Murpi – Confederação Nacional de Reformados Pensionistas e Idosos, foi a mais votada com 13.212 votos e, assim, vai nomear dois dos quatro representantes dos beneficiários no CGS, que são eleitos por sufrágio universal.

Os outros dois membros vêm das listas A e D, lideradas por João Neto, médico dentista, com 4931 votos, e Arlindo Ferreira, diretor do agrupamento de escolas Cego do Maio (Póvoa do Varzim), com 8006 votos, respetivamente.

Taco a taco com a Lista da Associação 30 de Julho, com 4422 votos, ficou a Lista E, liderada por Alexandre Lourenço, administrador hospitalar e ex-presidente da Associação Portuguesa de Administradores Hospitalares, que teve ao seu lado a Fesap — Federação de Sindicatos da Administração Pública e de Entidades com Fins Públicos, da UGT, e como mandatário contou com João Proença, atual presidente do CGS.

Por sua vez, a Lista F, representada por Mário Rui Cunha, assistente técnico no município de Viana do Castelo (teve do seu lado as estruturas sindicais Fesinap, STTS e STMO apoiaram) somou 498 votos e a Lista G, com Maria Helena Rodrigues como ‘cabeça de cartaz’, técnica superior e presidente do Sindicato dos Quadros Técnicos do Estado (filiado na UGT), não foi além dos 2007 votos.

A Associação 30 de Julho aproveita, também, para saudar “os beneficiários eleitos” enquanto reitera o compromisso de manter uma “permanente atitude de diálogo e colaboração construtiva, atenta e crítica com o Conselho Diretivo, o CGS, particularmente com os que aí representam os beneficiários, e também com todas as instituições e entidades, públicas e privadas, relacionadas com a ADSE”.

O vogal no Conselho Diretivo que será a voz de defesa dos interesses dos beneficiários, cargo desempenhado por Eugénio Rosa (também ele apoiado pela Frente Comum), vai ser escolhido entre os quatro beneficiários agora eleitos e os membros indicados para o CGS, os três conselheiros nomeados pelas maiores estruturas sindicais dos trabalhadores públicos (Fesap, Frente Comum e STE) e os dois elementos indicados pelas associações dos reformados e aposentados da Administração Pública.

Integram ainda o CGS seis membros nomeados pelo Governo e representantes das associações de municípios e de juntas de freguesia, um de cada. No total, o CGS é compostos por 17 lugares, mas, atualmente, apenas 14 estão em funções.
O novo presidente do CGS – que é o órgão de acompanhamento, controlo, consulta e participação na definição das linhas gerais de atuação da ADSE – é eleito, entre todos os membros, logo na primeira reunião após a recomposição.

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