Economia

Governo completa administração da ERSE com ex-adjunto de João Galamba

Governo completa administração da ERSE com ex-adjunto de João Galamba
Imagem de Arek Socha por Pixabay

O economista Ricardo Loureiro, que trabalhou na REN, na Autoridade da Concorrência e no gabinete do secretário de Estado da Energia, foi nomeado administrador da ERSE

O Governo aprovou esta quarta-feira em Conselho de Ministros a resolução que procede à nomeação de Ricardo Loureiro para vogal da administração da ERSE - Entidade Reguladora dos Serviços Energéticos. O economista foi durante três anos, entre 2018 e 2021, adjunto do secretário de Estado da Energia, João Galamba.

Ricardo Loureiro, que passou pelo crivo da Cresap (Comissão de Recrutamento e Seleção para a Administração Pública), foi ouvido em outubro no Parlamento, onde garantiu “total independência face ao Governo e face às empresas reguladas”.

O economista de 37 anos começou a sua carreira como consultor fiscal na EY (de 2007 a 2010), depois foi trader de energia na REN Trading (2010 a 2012), continuou mais quase quatro anos na REN como analista de mercados de energia (2013 a 2016), a que se seguiram dois anos (2016 a 2018) como economista na Autoridade da Concorrência, especializado na área da energia.

Em novembro de 2018 Ricardo Loureiro integrou o gabinete de João Galamba na Secretaria de Estado da Energia, onde permaneceu até outubro de 2021. Nessa altura regressou à Autoridade da Concorrência.

Ricardo Loureiro junta-se a Mariana Pereira, vogal da ERSE nomeada em 2017, quando a pasta da energia no Governo pertencia a Jorge Seguro Sanches (de quem foi adjunta). O ex-adjunto de João Galamba completa assim a administração da ERSE, que é presidida desde novembro de 2021 por Pedro Verdelho, um quadro histórico da ERSE (e o único dos três administradores sem passagem por gabinetes governamentais).

Há vários anos que a ERSE vem tendo nomeações de administradores com passagens prévias por cargos no Governo. No corrente mês de novembro um estudo da Fundação Francisco Manuel dos Santos apontava a ERSE como sendo “aparentemente a mais politizada” entre três entidades reguladoras analisadas (a ERSE, a Autoridade da Concorrência e a Anacom - Autoridade Nacional de Comunicações).

A ERSE reagiu a esse estudo reafirmando que sempre exerceu “as suas funções e os seus mandatos com elevado grau de independência e transparência”.

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