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Lagarde: BCE está a fazer a sua parte, mas os governos não devem aumentar as pressões inflacionistas

Christine Lagarde, presidente do BCE
Christine Lagarde, presidente do BCE

A presidente do Banco Central Europeu reafirmou esta segunda-feira na audição na Comissão de Assuntos Económicos e Monetários do Parlamento Europeu que o BCE vai prosseguir a subida de juros para combater a inflação. Mas insistiu que os governos devem fazer a sua parte: controlar os gastos e reduzir a dívida

“O Banco Central Europeu (BCE) está a fazer a sua parte” ao colocar em prática “um processo rápido e abrangente de normalização da política monetária”, disse Christine Lagarde esta segunda-feira na audição na Comissão de Assuntos Económicos e Monetários do Parlamento Europeu.

A presidente do BCE, realizando um balanço dos últimos 12 meses junto dos deputados europeus, sublinhou os dois grandes objetivos prosseguidos este ano: descontinuação dos programas de aquisição de dívida pública e privada e início do ciclo de subida dos juros “no ritmo mais acelerado de sempre”.

Mas advertiu os deputados de que para combater a inflação é preciso que os “outros” façam a sua parte. Nomeadamente os governos dos países do euro e a Comissão Europeia. Apesar de o BCE ser muito cioso da sua independência na definição da sua política monetária, Lagarde, e, na semana passada, Isabel Schnabel, da comissão executiva do banco central, não se coíbem de dar recomendações de política orçamental de um modo muito assertivo.

No Parlamento Europeu, a presidente do BCE disse que “a política orçamental [da responsabilidade dos governos eleitos] não deve aumentar as pressões inflacionistas”. A francesa fala mesmo de uma política orçamental dos três “T” em inglês - direcionada (targeted), feita à medida (tailored) e temporária (temporary) - complementada pela demonstração do empenho “em gradualmente descer os elevados rácios da dívida”. Recomenda, também, à Comissão Europeia que garanta um quadro de “sustentabilidade orçamental” na reforma em curso a entrar em vigor logo que acabe em 2024 a suspensão desde 2020 das regras do Pacto de Estabilidade e Crescimento.

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