O leilão da banda de reserva de regulação (BRR), um instrumento técnico que visa conferir maior flexibilidade e segurança ao sistema elétrico nacional, fechou com a contratação de menos de metade da potência que tinha sido disponibilizada, revela um comunicado da REN - Redes Energéticas Nacionais.
Esta licitação visa contratar com consumidores industriais de eletricidade a sua disponibilidade para terem o fornecimento de energia cortado por ordem do operador da rede (REN), em momentos de especiais dificuldades na rede elétrica (que podem acontecer devido a uma queda súbita de produção, ou a um corte nas interligações, por exemplo).
O leilão tinha colocado em licitação 800 megawatts (MW) de capacidade interruptível, mas acabou por apenas contratar 316,9 MW, ou seja, um pouco menos de 40% do volume total disponível.
O leilão terminou com a contratação de 18 empresas, com 23 pontos de consumo, que receberão 44 euros por cada MW e por cada hora ao longo do próximo ano, por esta disponibilidade para terem o fornecimento suspenso. Serão remuneradas quer o corte de abastecimento seja ativado, quer não seja.
O resultado desta licitação da BRR fica ligeiramente acima da capacidade contratada para o corrente ano de 2022 neste mecanismo, que ascendeu a 304,4 MW, e com uma remuneração de 20 euros por cada MW e por hora.
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