O Conselho de Ministros italiano aprovou um pacote orçamental de 35 mil milhões de euros, noticia o jornal “La Stampa”. Entre as várias medidas do governo de Meloni encontra-se o aumento do imposto sobre os lucros extraordinários das energéticas.
O novo pacote é o primeiro apresentado pelo governo de direita de Giorgia Meloni. De acordo com o documento, o Ministério da Economia do país prevê um aumento da receita com esta taxa (windfall tax, o imposto sobre os lucros extraordinários), ao subir o imposto de 25% para 35%, até, pelo menos, julho de 2023.
Este imposto será calculado sobre as receitas líquidas adicionais declaradas pelas empresas que vendem energia a preços mais elevados.
De acordo com a proposta do governo italiano, mais de 21 mil milhões de euros são destinados a aliviar a carteira das famílias e das empresas que enfrentam a elevada inflação, particularmente na energia.
A lei aprovada pelos ministros tem ainda de ser debatida no Parlamento italiano.
No Reino Unido, o imposto sobe e as empresas reavaliam investimentos
O ministro das Finanças britânico, Jeremy Hunt, anunciou na semana passada que também planeia aumentar o imposto sobre os lucros extraordinários dos produtores de petróleo do Mar do Norte de 25% para 35% por causa da subida dos preços da energia.
O governo britânico prevê que o imposto, que também foi estendido do final de 2025 a 2028, arrecade 40 mil milhões de libras.
Perante as suas declarações, o presidente da Shell, David Bunch, avisou que, a nível de investimento, cada caso terá de ser avaliado. “Quando a tributação é maior, temos menos rendimento disponível no bolso, menos para investir”, alertou.
Previamente, a petrolífera tinha anunciado que pretendia investir cerca de 25 mil milhões de libras no Reino Unido nos próximos dez anos.
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