Economia

Credit Suisse prevê que zona euro entre em recessão até meados de 2023

Credit Suisse prevê que zona euro entre em recessão até meados de 2023

O Credit Suisse prevê que a economia da zona euro cairá 0,2% em 2023, enquanto no caso dos Estados Unidos prevê um ligeiro crescimento de 0,8% e para a China um aumento de 4,5%

As economias da zona do euro vão entrar em recessão a partir do último trimestre de 2022 até meados de 2023, prevê um novo relatório das Previsões de Investimento do Credit Suisse, divulgado esta terça-feira.

Além disso, o estudo também prevê em baixa o crescimento da economia global para 1,6% no próximo ano.

O relatório calcula que a economia da zona euro cairá 0,2% no próximo ano, enquanto no caso dos Estados Unidos prevê um ligeiro crescimento de 0,8% e para a China um aumento de 4,5%.

O relatório calcula que a economia da zona euro cairá 0,2% no próximo ano, enquanto para os Estados Unidos projeta um ligeiro crescimento de 0,8% e para a China de 4,5%.

O banco, com sede em Zurique, estima que a política monetária das grandes economias continuará a adotar políticas monetárias de ajustamento para conter a inflação, razão pela qual espera que as altas taxas de juros continuem na Europa, chegando a pelo menos 3% (atualmente estão em 2%), e nos Estados Unidos, onde se deverão situar em torno dos 4,75% ou 5% (atualmente estão nos 4%).

De uma forma geral, o relatório prevê uma economia global onde a inflação se manterá elevada e a política monetária restritiva, pelo menos durante a primeira metade de 2023, e onde as tensões geopolíticas afetarão os custos energéticos ou a segurança alimentar.

Para o Japão, o relatório calcula um crescimento de 0,5% em 2023, enquanto o Reino Unido, já em recessão desde o terceiro trimestre de 2022, deverá permanecer em contração durante boa parte do próximo ano.

Num quadro em que o risco de conflito global é real e o sistema de segurança europeu está sob pressão, "a era da inflação baixa acabou", disse o chefe para as Estratégias Globais do Credit Suisse, Philipp Lisibach.

Para o diretor de Investimentos do banco, Michael Strobaek, "a volatilidade financeira continuará alta, dado que os riscos persistem e as condições financeiras globais ainda são restritas", num contexto em que o Credit Suisse teme que haja menos espaço para investimentos em inovação tecnológica.

O relatório prevê que a Suíça será uma exceção na Europa, com uma inflação significativamente mais baixa do que na maioria dos países e com um crescimento económico de 1% em 2023, suportado, sobretudo, pelo elevado consumo privado, embora isso não impeça novas subidas, até meio ponto nas taxas, para provavelmente deixá-los em 1%.

O Credit Suisse espera que a política de covid zero, que tanto condicionou a China este ano, seja gradualmente aliviada nos próximos anos e a "reabertura" da segunda maior economia do mundo seja uma realidade até o final do primeiro trimestre do próximo ano.

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