A Apren – Associação Portuguesa de Energias Renováveis elogia, em comunicado divulgado esta terça-feira, o acordo estabelecido na COP27, destinado à criação de um fundo para apoiar os países em desenvolvimento, particularmente vulneráveis aos efeitos adversos das alterações climáticas, mas nota que ficaram “vários pontos preocupantes” por resolver.
A COP27, que teve lugar em Sharm El-Sheikh (Egito) entre 6 e 18 de novembro, só chegou ao fim no dia 20, quando se conseguiu chegar a um acordo para a criação de um fundo histórico para perdas e danos, fundo que “fará com que os países que para ele contribuírem participem no esforço de salvar vidas e meios de subsistência de desastres relacionados com as alterações climáticas”.
A Apren lembra que, houve ainda um acordo para “reduzir as emissões líquidas globais de gases de efeito estufa em 43% até 2030 em relação ao nível de 2019” e para a integração da “água nos esforços de adaptação para aumentar a proteção, conservação e restauração da segurança alimentar, agricultura, água e ecossistemas relacionados à água, incluindo bacias hidrográficas, aquíferos e lagos”.
Apesar destes e outros avanços, a associação nota que “continuam a existirem pontos de cisão preocupantes”, nomeadamente o facto da resolução que fazia com que os países tivessem de fortalecer os compromissos para a redução de gases efeito estufa anualmente ter sido retirada.
Além do mais, o texto da COP27 inclui uma disposição para impulsionar as energias de “baixas emissões”, o que tanto pode estar associado às renováveis - como se espera -, mas “pode também abarcar a utilização do gás natural ou do nuclear”, algo que a associação “não vê com bons olhos”.
A Apren mostra-se ainda preocupada por a proposta de acabar com os combustíveis fósseis não ter sido aprovada e ter falhado o texto final.
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