Economia

Há menos azeitona, fruta e vinho na campanha agrícola deste ano

Há menos azeitona, fruta e vinho na campanha agrícola deste ano
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De acordo com as previsões agrícolas do INE, este ano teremos menos azeitonas, menos fruta, menos vinho, menos arroz e milho. São as consequências do ano mais quente desde 1931

Menos azeitona, menos pêras, menos castanhas, menos maçãs e outras frutas e menos vinho. É esse o cenário da agricultura em Portugal, segundo as previsões agrícolas divulgadas esta sexta-feira pelo Instituto Nacional de Estatística (INE).

No caso das azeitonas, os olivais foram afetados pela seca extrema, uma vez que este ano agrícola (de novembro de 2021 a outubro deste ano) foi o mais quente desde 1931 e o terceiro menos chuvoso desde o mesmo ano, segundo o INE.

Devido “às fracas perspetivas de produção, muitos olivais não foram tratados, o que intensificou, nalgumas zonas, os ataques recentes da mosca-da-azeitona e gafa, com reflexos negativos na qualidade do azeite”.

No geral, estima-se que haja “um decréscimo de produtividade global de azeitona de cerca de 40%, face à campanha anterior”.

No caso da fruta, “o cenário é semelhante, com quebras generalizadas de produção na ordem dos 45% na pera, 30% na castanha, 20% na maçã, 15% na amêndoa e 5% no kiwi”.

No arroz as perspetivas são também de quebra de forma global, apesar de ter havido normalidade nas colheitas ribatejanas e alentejanas e até um ligeiro aumento na zona do Mondego. Ainda assim, o INE prevê uma quebra de 15% na produção de arroz.

A seca desfavoreceu muitas colheitas, mas a do milho foi favorecida. No entanto, tendo em conta as condições adversas no resto do ciclo do milho, deverá haver uma diminuição da produção de cerca de 10%.

O INE refere ainda que a colheita de tomate para a indústria, que terminou na primeira semana de outubro, confirmou uma quebra de produção relativamente à campanha anterior na ordem dos 15%.

Por fim, o gabinete refere as vindimas. A campanha foi também influenciada pelas altas temperaturas e falta de humidade. Devido ao verão anormalmente quente várias vindimas foram antecipadas, como o Expresso já noticiou, por forma a minimizar os prejuízos.

No geral, estima-se que haja uma diminuição global de 15% na vindima de 2022 face ao ano passado.

Tem dúvidas, sugestões ou críticas? Envie-me um e-mail: rrrosa@expresso.impresa.pt

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