Economia

Mais um episódio na 'novela' Twitter/Musk: chega ao fim o teletrabalho

Mais um episódio na 'novela' Twitter/Musk: chega ao fim o teletrabalho
DADO RUVIC/REUTERS

Elon Musk enviou o seu primeiro e-mail aos funcionários: ordenou o regresso aos escritórios de forma imediata, por pelo menos 40 horas por semana. A mensagem chega após um despedimento em massa

O novo dono do Twitter, Elon Musk, enviou um e-mail aos funcionários que se encontram em teletrabalho a ordenar o seu regresso ao escritório imediatamente, por pelo menos 40 horas por semana, e alertou para "tempos difíceis" no futuro.

"Desculpem que este seja o meu primeiro e-mail para toda a empresa, mas não há forma de atenuar a mensagem. Sem uma receita significativa de assinaturas, há uma boa hipótese de o Twitter não sobreviver à próxima crise. Precisamos que cerca de metade da nossa receita seja de subscrição", adiantou Musk.

Duas missivas de quarta-feira à noite vistas pela agência de notícias Associated Press (AP) marcaram a mensagem do filantropo aos funcionários que sobreviveram às demissões da última semana.

Musk disse aos funcionários que "a prioridade nos próximos 10 dias" será desenvolver e lançar o novo serviço de assinatura do Twitter por 7,99 dólares (cerca de 7,89 euros), que inclui uma marca azul junto do nome dos membros pagos - o distintivo anteriormente era apenas para contas verificadas.

O empresário também indicou no e-mail que "o teletrabalho não é mais permitido" e o caminho a seguir é "árduo e vai exigir muito trabalho para obter sucesso", mas ressalvou que iria analisar pessoalmente qualquer pedido de exceção.

O e-mail chega aos funcionários depois de, na semana passada, Elon Musk se ter comprometido a despedir metade dos trabalhadores. A medida foi, inclusive, em frente, mas uns dias depois Elon Musk voltou atrás e pediu a alguns dos cerca de 3700 funcionários despedidos para voltarem ao trabalho.

Tem sido uma verdadeira ‘novela’ a entrada de Elon Musk no Twitter, desde a compra - que demorou cerca de meio ano e envolveu as autoridades -, passando pelas várias mudanças que Musk quer implementar na rede social e que levaram alguns anunciantes a suspender a sua atividade.

Musk, desesperado, tentou tranquilizá-los dizendo que o número de utilizadores cresceu, mas há mais polémica envolvida: contas de celebridades suspensas e um caminho para uma rede social paga.

E nesta ‘montanha-russa’, já há receios para a segurança nacional. Questionado sobre o assunto, o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, disse que considera que “a cooperação e/ou as relações técnicas de Elon Musk com outros países merecem ser analisadas”. "Não estou a sugerir que ele [Musk] está a fazer algo inapropriado, mas sim a sugerir que vale a pena olhar para eles [países]", acrescentou.

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