Economia

OCDE mantém previsão de abrandamento das grandes economias

OCDE mantém previsão de abrandamento das grandes economias
AFP/Getty Images

O crescimento económico dos países da OCDE deverá continuar a abrandar, de acordo com os indicadores da instituição. Previsão para China e Brasil melhorou, mas para as grandes economias não

O crescimento económico dos países da Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Económico (OCDE) deverá continuar a abrandar, de acordo com os indicadores avançados compósitos da instituição da qual fazem parte 38 países, divulgados esta quarta-feira.

De acordo com estes indicadores, que visam sinalizar pontos de viragem na atividade económica nos seis a nove meses seguintes, as economias da OCDE, e outras, estão a ser “arrastadas por uma inflação elevada, taxas de juro crescentes e preços das ações em declínio”.

A OCDE destaca o abrandamento do crescimento no Canadá, no Reino Unido e nos Estados Unidos, e também na zona euro, nomeadamente em algumas das principais 19 economias, como França, Alemanha e Itália.

Em sentido inverso, os indicadores voltaram a apontar para um crescimento estável no Japão.

Entre as economias consideradas “emergentes”, os indicadores apontam para uma estabilização na China (influenciada pela produção de automóveis e de aço) e no Brasil. Nestes dos países, na última atualização, era previsto um abrandamento.

Por outro lado, se na última atualização a OCDE previa uma certa estabilidade na Índia, agora os indicadores apontam para “um crescimento a perder dinamismo, afetado negativamente pelas contrações dos indicadores monetários”.

A OCDE alerta que “as incertezas relacionadas com o impacto da guerra na Ucrânia, especialmente nos mercados de energia” podem fazer flutuar estes indicadores acima do normal. Por isso, estes dados “devem ser interpretados com cuidado e a sua magnitude deve ser encarada mais como uma indicação da força do sinal do que como uma medida do crescimento da atividade económica”.

Estes dados baseiam-se em diversos indicadores económicos, como encomendas de empresas, licenças de construção, e índices de confiança, sendo que, na maioria dos países, estão disponíveis até outubro de 2022.

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