Lucro da Adidas até setembro cai mais de 41%
O lucro da Adidas até setembro foi de 1124 milhões de euros, menos 41,3% que no mesmo período de 2021. Fim da parceria com Kanye West levou a uma nova revisão em baixa da faturação
O lucro da Adidas até setembro foi de 1124 milhões de euros, menos 41,3% que no mesmo período de 2021. Fim da parceria com Kanye West levou a uma nova revisão em baixa da faturação
Jornalista
A Adidas lucrou 1124 milhões de euros nos primeiros nove meses do ano, menos 41,3% que no mesmo período do ano anterior, anunciou, esta quarta-feira em comunicado, a fabricante alemã de artigos desportivos.
No terceiro trimestre a Adidas lucrou 347 milhões de euros, menos 63,8% que no trimestre homólogo.
As vendas atingiram os 17,3 mil milhões entre janeiro e setembro, dos quais 6408 milhões durante o verão, o que representa um aumento de 7,5% e 11,4%, respetivamente.
Por região, foi a “Europa, Médio Oriente e África” que mais contribuiu para o total das vendas (6477 milhões de euros), mas foi na “América Latina” que as vendas mais cresceram (49,2%, para 1566 milhões de euros). Por outro lado, as vendas na China caíram mais de 25%, para 2659 milhões de euros.
O resultado operacional, por seu turno, recuou 27,5% nos primeiros nove meses do ano, para 1,39 mil milhões de euros, informou a empresa alemã.
"O ambiente do mercado mudou no início de setembro à medida que a procura dos consumidores nos mercados ocidentais abrandou e as tendências do tráfego na China se deterioraram. Como resultado, assistimos a uma acumulação significativa de stocks em todo o setor", reconheceu o administrador financeiro, Harm Ohlmeyer.
Porém, o gestor ressalvou que a Adidas vê com “entusiasmo” o próximo Mundial de futebol, que já se faz sentir nas receitas desse segmento, assim como os próximos “lançamentos de basquetebol” na América do Norte.
A empresa nota ainda que a sua decisão “de suspender significativamente as operações na Rússia no final do primeiro trimestre reduziu as receitas em mais de 100 milhões de euros durante o terceiro trimestre”, fora o resto do ano.
Já na apresentação de resultados do semestre (janeiro a junho), a Adidas reviu em baixa a sua previsão para 2022. Voltou a fazê-lo em outubro, devido às condições na China e a custos não recorrentes de 500 milhões de euros.
Agora, revê ainda mais em baixa as previsões de faturação e a margem de lucro em 2022, a crescer menos devido, entre outros fatores, ao fim da parceria com a Yeezy (de Kanye West), que teria um maior peso nas receitas do quarto trimestre.
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