Economia

Estado vai "trabalhar denodadamente" para recuperar dinheiro investido na Efacec, mas “não posso dar uma garantias”, diz Costa Silva

Estado vai "trabalhar denodadamente" para recuperar dinheiro investido na Efacec, mas “não posso dar uma garantias”, diz Costa Silva
FERNANDO VELUDO EXCLUSIVO PARA E

O ministro da Economia e do Mar, António Costa Silva, disse que “não pode dar garantia” da recuperação do dinheiro investido na Efacec. Apenas que o Governo está a “trabalhar denodadamente” para que tal aconteça

Não há garantias de que o dinheiro investido na Efacec pelo Estado vá ser recuperado, mas o Governo está a “trabalhar denodadamente” para que tal aconteça, disse o ministro da Economia e do Mar, António Costa Silva, esta quarta-feira, 9 de novembro.

Interrogado pelo deputado Paulo Rios de Oliveira, do PSD, na audição parlamentar no âmbito da análise na especialidade do Orçamento do Estado (OE) para 2023, sobre se o Estado vai reaver o dinheiro investido na Efacec ("tudo isto cheira a TAP", ironizou, numa alusão ao resgate à companhia aérea portuguesa), Costa Silva disse que “não lhe posso dar uma garantia” desse reembolso, mas garante que o ministério está “a trabalhar denodadamente para encontra uma solução”.

Costa Silva disse que “o Estado não pagou nada pela nacionalização da empresa”, mas até hoje “injetou 50 milhões de euros no âmbito do processo de venda ” e deu “115 milhões de euros de garantias e de empréstimos concedidos pela banca”, detalhou.

Costa Silva garante que “estamos a procurar encontrar uma solução” para a empresa, dizendo que é uma “grande preocupação que temos” no Governo. “Vamos fazer tudo para que isso aconteça”, vincou, dizendo que há “várias companhias nacionais e internacionais” com interesse e “convergência estratégica” em relação ao papel que a empresa vai ter no futuro.

“Estivemos ate à última hora a fazer todas as diligências para a venda à DST funcionar”, disse o ministro da Economia, mas o negócio colapsou em 2022 depois do falhanço das “diligências com as instituições comunitárias.

Um processo herdado

E defendeu-se dizendo que “o processo de privatização da Efacec quando cheguei ao Governo já estava configurado”, acrescentou Costa Silva, tendo a Parpública lidado “com o processo de venda à DST”.

A Efacec foi nacionalizada em 2020 pelo anterior governo - estando a pasta da Economia à época nas mãos de Pedro Siza Vieira - depois da anterior proprietária, Isabel dos Santos, ter visto os seus bens arrestados, paralisando a gestão da empresa.

A venda de 71% da Efacec ao grupo bracarense DST acabaria por ser abortada com o chumbo da Comissão Europeia e da DGComp à operação.

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