"O objetivo não é o de reduzir a remuneração da TAP, é permitir maior flexibilidade", afirmou Pedro Nuno Santos esta segunda-feira, na Comissão do Orçamento e Finanças no âmbito da proposta do Orçamento do Estado para 2023 (OE2023), referindo-se aos novos acordos de empresa da transportadora, que estão a ser negociados, e com propostas que já foram consideradas inaceitáveis por alguns sindicatos, levando mesmo o dos tripulantes de cabina a fazer um pré-aviso de greve para os dias 8 e 9 de dezembro.
"A parte variável será maior e a parte fixa menor", admitiu o ministro, avançando: "A TAP quer pagar mais quando voa mais e pagar menos quando voa menos". Pedro Nuno Santos defendeu ainda que a "TAP precisa de ter acordos de empresa adaptados à nova realidade". E prosseguiu: "Nós não podemos é ter uma empresa em permanente desequilíbrio financeiro. A TAP opera num mercado altamente competitivo, e isso tem consequências".
"Vai haver uma negociação com os trabalhadores da TAP, que nós respeitamos", explicou, salientando que houve já a denúncia de dois acordos de empresa, o dos pilotos e tripulantes de cabina.
Na mesma audição, o secretário de Estado das Infraestruras, Hugo Santos Mendes, esclareceu que as obras para mitigar o ruído provocado pelos voos no aeroporto de Lisboa "não serão suportadas por uma nova taxa", subentendendo-se que terá de ser a concessionária (ANA) a pagá-las.
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