TAP prevê cancelar 376 voos até ao final do ano, próximo dos números previstos pelos pilotos
Entre as razões apontadas pela TAP para o cancelamento de quase 400 voos não está a greve dos tripulantes de cabina anunciada para 8 e 9 de dezembro
Entre as razões apontadas pela TAP para o cancelamento de quase 400 voos não está a greve dos tripulantes de cabina anunciada para 8 e 9 de dezembro
Jornalista
Há um conjunto de fatores a confluir para que a transportadora cancele quase quatro centenas de voos no último mês e meio do ano, o período, que a par do verão, mais procura gera na aviação, mas entre eles não está a greve anunciada pelo sindicato dos tripulantes de cabina para os dias 8 e 9 de dezembro. Está, no entanto, segundo a TAP a instalação do sistema de navegação de tráfego aéreo pela NAV. Porém, a entidade que gere o controlo do espaço aéreo afirma que a entrada do novo sistema não está a provocar cancelamentos, mas apenas atrasos.
A TAP avançou no sábado que irão ser cancelados sete voos por dia. Feitas as contas são 376 voos. Um número que não anda muito distante do que tinha sido estimado pelo Sindicato dos Pilotos da Aviação Civil (SPAC), e avançado na altura em que a companhia mostrou preocupação relativamente aos números de ausências de parentalidade, previstas para 15 de dezembro a 15 de janeiro, e apontava para cerca de 400 voos.
Os "vários constrangimentos" apontados pela companhia para avançar com os cancelamentos estão: a mudança para o sistema de navegação Top Sky em Lisboa (concluído a 30 de novembro), a migração do sistema de controlo aéreo em Marselha (previsto para o início de dezembro), o absentismo previsto para o período de Natal e fim do ano. A penalizar a operação está também o facto de não ter sido possível fazer regressar um avião da Guiné-Conacri, que ainda está retido no país por causa do acidente que ocorreu no início de setembro, na pista, e que vitimou duas pessoas.
A TAP avançou no sábado que poderá cancelar, em média, até sete voos por dia, a partir de 15 de novembro e até 31 de dezembro, devido a um reajuste da operação de inverno, sendo os passageiros colocados em voos alternativos. Ou seja, a companhia assegura que os passageiros serão reencaminhados para outros voos
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