Tarifa média da TAP subiu 23% até setembro, avança administrador financeiro
Preço dos combustíveis e a pressão da procura fizeram com que a tarifa média praticada pela TAP nos primeiros nove meses do ano tenha subido 23%
O responsável financeiro da TAP esclareceu esta quarta-feira que a tarifa média da companhia aérea subiu 23% até setembro, face ao período homólogo, impulsionada pelo preço dos combustíveis.
“Nos primeiros nove meses do ano, face ao mesmo período do ano passado, a tarifa média subiu 23%”, afirmou Gonçalo Pires, em resposta aos jornalistas, em Lisboa.
De acordo com este responsável, a subida é justificada pelo “aumento brutal” do preço dos combustíveis. A TAP gastou até novembro mais de 700 milhões de euros em combustível.
Assim, conforme sublinhou a presidente Christine Ourmières-Widener, a TAP teve que rever os preços “para não perder dinheiro, cada vez que levanta voo”.
No entanto, disse que a TAP “não está a fazer nada de especial” porque todas as companhias anunciaram aumentos.
A TAP registou no terceiro trimestre do ano um resultado líquido positivo de 111,3 milhões de euros, anunciou hoje a companhia aérea à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM).
A companhia aérea revelou que registou entre julho e setembro “um recorde histórico de receitas operacionais”, que ascenderam aos 1,1 mil milhões de euros, “excedendo os níveis pré-crise em 7,5%”, o que lhe permitiu alcançar “um desempenho financeiro sem precedentes”.
Contudo, entre janeiro e setembro, a companhia teve um prejuízo de 91 milhões de euros, quando, em 2019, antes da pandemia, tinha registado um lucro de 121 milhões de euros.
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