A TAP obteve no terceiro trimestre deste ano um lucro de 111 milhões de euros, que compara com perdas de 134,5 milhões de euros em igual período do ano passado, revelou a companhia aérea portuguesa em comunicado à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM).
Com este desempenho no terceiro trimestre, a TAP fechou o conjunto dos primeiros nove meses do ano com um resultado líquido ainda negativo de 90,8 milhões de euros, valor que traduz uma melhoria de 85% face às perdas superiores a 627 milhões de euros do período homólogo de 2021.
No comunicado à CMVM a empresa liderada por Christine Ourmières-Widener salienta ter alcançado um “recorde de receitas trimestrais” no terceiro trimestre, faturando 1,1 mil milhões de euros, mais 152% face ao ano passado. De janeiro a setembro as receitas ascenderam a 2,44 mil milhões de euros, com um crescimento de 195%.
A TAP justifica o disparo das receitas do terceiro trimestre com maiores taxas de ocupação dos seus aviões e preços mais elevados.
A empresa também destaca ter conseguido um “desempenho financeiro sem precedentes”, com o EBITDA (resultado antes de juros, impostos, depreciações e amortizações) a somar, numa base recorrente, 280 milhões de euros de julho a setembro. São mais 66% do que no ano passado. Nos primeiros nove meses do ano o EBITDA recorrente passou de um valor negativo de 99 milhões em 2021 para um valor positivo de quase 511 milhões de euros em 2022.
“A TAP está a confirmar a solidez do seu desempenho no terceiro trimestre, com todas as métricas financeiras acima dos níveis pré-crise, apesar do aumento dos custos de combustível”, comentou a presidente executiva da TAP, Christine Ourmières-Widener, no comunicado de resultados.
A gestora referiu ainda que a procura para o quarto trimestre do ano se mantém “bastante forte”, o que permite antever “um bom resultado acumulado até final do ano”.
“A visibilidade para o próximo ano é, no entanto, ainda limitada e, atendendo às incertezas da atual conjuntura, é cada vez mais crucial que mantenhamos o foco no nosso plano estratégico, o qual tem, até agora, provado ser eficaz”, ressalvou a presidente executiva da TAP.
“Os próximos passos decisivos a tomar são: levar a cabo discussões produtivas com os nossos parceiros laborais para a criação de Acordos Coletivos de Trabalho mais modernos, melhorar as nossas operações e a qualidade do nosso serviço com o envolvimento de todos os stakeholders, a constante negociação de todos os nossos contratos com terceiros e a cuidada preparação do próximo ano”, notou ainda Christine Ourmières-Widener.
Notícia atualizada às 7h12 com mais informação.
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