Economia

Portugueses usam mais redes sociais e 'home banking', mas fazem menos compras 'online' que a média europeia

Portugueses usam mais redes sociais e 'home banking', mas fazem menos compras 'online' que a média europeia
Matt Cardy/Getty Images

A percentagem de portugueses que em 2021 utilizou a internet para fazer compras (52%) era inferior à média europeia (67%), mas para utilizar redes sociais (80%) e serviços bancários (64%) era superior à média (57% e 58%, respetivamente), segundo o Eurostat

A percentagem de população portuguesa entre os 16 e os 74 anos que em 2021 utilizou a internet para fazer compras de bens ou serviços era inferior à média europeia, mas para utilizar redes sociais e serviços bancários era bem superior, segundo os dados do Eurostat, divulgados esta segunda-feira.

No ano passado, 67% da população da União Europeia (UE) entre os 16 e os 74 anos comprou ou encomendou bens ou serviços pela Internet durante os últimos 12 meses.

O gabinete estatístico destaca ainda que houve três regiões holandesas onde se atingiu um pico de 93% da população (Drenthe, Utrecht e Zeeland).

“De um modo mais geral, verificou-se uma tendência muito elevada para utilizar o comércio eletrónico em todas as restantes regiões holandesas, exceto numa (Limburgo), todas as regiões dinamarquesas, todas exceto duas das regiões suecas, duas das três regiões irlandesas e Córsega (França)”, lê-se na nota do Eurostat.

Por outro lado, as regiões búlgaras de Yugoiztochen e Severen Tsentralen apresentaram as menores proporções de pessoas que usam a internet para comprar bens ou serviços (26% e 27%, respetivamente, em 2021).

Em Portugal, apenas 52% da população fez compras de bens ou serviços no período em análise, sendo na Área Metropolitana de Lisboa que se encontra a percentagem mais elevada (59%) e na Madeira a mais baixa (41%).

E para os bancos?

Para fazer operações bancárias na internet, a percentagem da população que o faz desce. Segundo o Eurostat, em 2021, apenas 58% da população entre os 16 e os 74 da UE utilizou a Internet para operações bancárias durante os três meses anteriores ao inquérito.

Pelo menos 90% das pessoas usaram a internet para operações bancárias ”em todas as regiões da Dinamarca, Finlândia (sem dados disponíveis para Åland), bem como 8 das 12 regiões dos Países Baixos". A região da capital finlandesa de Helsinki-Uusimaa teve a maior participação de “internet banking” (96%).

Por outro lado, “todas as regiões da Bulgária e da Roménia (exceto para as regiões da capital de Yugozapaden e Bucureşti-Ilfov) relataram menos de um quarto de todas as pessoas fazendo uso de internet banking”.

Em Portugal a média do país atinge os 64% da população, sendo na Área Metropolitana de Lisboa que se encontra a percentagem mais elevada (68%) e no Alentejo a mais baixa (56%).

E nas redes sociais?

Surpresa - ou não, devido ao envelhecimento da população - as redes sociais têm uma participação ainda menor que as operações bancárias. “Em 2021, cerca de três quintos (57%) da população da UE participou em redes sociais durante os três meses anteriores ao último inquérito”, indica o Eurostat.

Contudo, a percentagem varia muito com a idade. “A taxa de participação dos jovens de 16 a 29 anos (83%) foi quase quatro vezes maior do que a taxa correspondente de idosos de 65 a 74 anos (23%).”

No ano passado, havia 19 regiões em toda a UE onde pelo menos três quartos da população com idades compreendidas entre os 16 e os 74 anos participava em redes sociais.

Em Portugal a média do país atinge os 80% da população, sendo na Madeira que se encontra a percentagem mais elevada (87%) e no Alentejo a mais baixa (75%).

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