Economia

Corrida aos certificados de aforro. Governo não vai mudar regras

21 outubro 2022 19:07

Fernando Medina, ministro das Finanças

nuno fox

Subscrição líquida de Certificados de Aforro ascendeu a €627 milhões em agosto. Em dezembro de 2021 foi de €43 milhões. Investimento multiplicou por 15

21 outubro 2022 19:07

Depois de terem sido (quase) completamente esquecidos, os Certificados de Aforro voltaram ao radar dos aforradores. Tudo por causa da forte subida das taxas Euribor, que determinam a remuneração destes produtos de poupança. Em agosto (último mês disponível), a subscrição líquida (subscrições deduzidas dos resgates) de Certificados de Aforro atingiu €627 milhões, cerca de 15 vezes mais do que os €43 milhões de dezembro de 2021. E, com o Governo a garantir ao Expresso que não vai mudar as regras deste produto, os valores devem continuar a aumentar.

A explicação está na fórmula que dita a taxa de juro deste produto financeiro, tradicionalmente usado pelas famílias para aplicar a poupança — já que tem garantia de capital — e que é uma das fontes de financiamento do Tesouro. A taxa base, determinada mensalmente, corresponde à média dos valores da Euribor a três meses observados nos 10 dias úteis anteriores, a que se soma 1%, com limite superior de 3,5% e inferior de zero. Depois, acrescem prémios de permanência, de 0,5% do segundo ao quinto ano e de 1% do sexto ao décimo ano, que é o prazo da aplicação.