Subscrição líquida de Certificados de Aforro ascendeu a €627 milhões em agosto. Em dezembro de 2021 foi de €43 milhões. Investimento multiplicou por 15
Depois de terem sido (quase) completamente esquecidos, os Certificados de Aforro voltaram ao radar dos aforradores. Tudo por causa da forte subida das taxas Euribor, que determinam a remuneração destes produtos de poupança. Em agosto (último mês disponível), a subscrição líquida (subscrições deduzidas dos resgates) de Certificados de Aforro atingiu €627 milhões, cerca de 15 vezes mais do que os €43 milhões de dezembro de 2021. E, com o Governo a garantir ao Expresso que não vai mudar as regras deste produto, os valores devem continuar a aumentar.
A explicação está na fórmula que dita a taxa de juro deste produto financeiro, tradicionalmente usado pelas famílias para aplicar a poupança — já que tem garantia de capital — e que é uma das fontes de financiamento do Tesouro. A taxa base, determinada mensalmente, corresponde à média dos valores da Euribor a três meses observados nos 10 dias úteis anteriores, a que se soma 1%, com limite superior de 3,5% e inferior de zero. Depois, acrescem prémios de permanência, de 0,5% do segundo ao quinto ano e de 1% do sexto ao décimo ano, que é o prazo da aplicação.
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