Economia

Nigéria alerta Galp para "redução substancial" no fornecimento de gás

Nigéria alerta Galp para "redução substancial" no fornecimento de gás
Felix Cesare/Getty Images

Cheias na Nigéria estão a afetar a capacidade de produção e exportação de gás natural. A Nigeria LNG já avisou a Galp de uma “redução substancial” nos volumes produzidos. Nigéria é o maior fornecedor de gás de Portugal

A Galp Energia recebeu da Nigeria LNG, o seu fornecedor nigeriano de gás natural com contratos de longo prazo, um “aviso de força maior” alertando para uma “redução substancial” na produção e fornecimento de gás natural liquefeito.

Em comunicado à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM), a Galp diz ter recebido do seu maior fornecedor de gás um aviso motivado pelas cheias que estão a afetar a Nigéria e que estão provocar a redução da produção e exportação de gás liquefeito. Recorde-se que a Nigéria é o maior fornecedor de gás de Portugal. Nos primeiros nove meses do ano abasteceu mais de metade do gás natural consumido no país.

“Neste momento não foi fornecida informação que permita fazer uma avaliação dos potenciais impactos deste acontecimento, que podem, contudo, resultar em disrupções de aprovisionamento adicionais para a Galp”, explica a petrolífera no seu comunicado à CMVM.

A empresa portuguesa diz ainda lamentar o impacto humanitário destas cheias e indica que “continuará a monitorizar atentamente esta situação, e a informar de qualquer desenvolvimento com impacto material”.

No final de agosto o secretário de Estado da Energia, João Galamba, e o presidente executivo da Galp, Andy Brown, deslocaram-se à Nigéria para tentar assegurar o cumprimento dos contratos de longo prazo para abastecimento de Portugal, já que nos meses anteriores houve algumas cargas de gás desviadas para outros mercados.

Nos primeiros oito meses do ano, de 30 entregas previstas para Portugal houve quatro que não foram cumpridas pela Nigeria LNG.

As cheias na Nigéria poderão agora contribuir para agravar esse problema, obrigando a Galp a ir ao mercado comprar cargas de gás de emergência, o que implica pagar preços mais altos para ter acesso a esses navios e garantir entregas atempadas para fornecer o mercado português.

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