“Em resposta a uma inflação elevada, os decisores políticos devem manter uma postura orçamental apertada que não faça oposição à política monetária”, avisou Vítor Gaspar, o responsável pelo Fiscal Monitor do Fundo Monetário Internacional (FMI).
Em virtude da urgência política de respostas às crises energética e alimentar, ao disparo do custo de vida e aos problemas que as empresas atravessam com a alta dos custos e as disrupções globais, os governos têm a tentação de usar o orçamento de um modo indiscriminado. Mas Gaspar recomenda que o façam de um modo “direcionado” e sem beliscar o caminho da redução da dívida e do défice. “A consolidação orçamental dará um poderoso sinal de que os decisores políticos estão alinhados no combate à inflação", diz Gaspar.
O documento apresentado esta quarta-feira em Washington pelo atual diretor do Departamento de Assuntos Orçamentais do Fundo, ex-ministro das Finanças português dos tempos da troika, pede “consistência” entre as duas políticas - a orçamental levada a cabo pelos governos e a monetária desenvolvida por bancos centrais independentes. Recomenda um gasto público “direcionado” em paralelo ao aperto monetário (de subida das taxas diretoras pelos bancos centrais).
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