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"A política orçamental não deve contrariar a política monetária", avisa Vítor Gaspar

Vítor Gaspar, coordenador do Fiscal Monitor, diretor do Departamento de Assuntos Orçamentais do Fundo Monetário Internacional
Vítor Gaspar, coordenador do Fiscal Monitor, diretor do Departamento de Assuntos Orçamentais do Fundo Monetário Internacional
BRENDAN SMIALOWSKI

O ex-ministro das Finanças português do período da troika avisa que os tempos mudaram com o surto inflacionista. O Fiscal Monitor do Fundo Monetário Internacional, divulgado esta quarta-feira, pede sincronia entre o aperto monetário e a consolidação orçamental

"A política orçamental não deve contrariar a política monetária", avisa Vítor Gaspar

Carlos Esteves

Jornalista infográfico

“Em resposta a uma inflação elevada, os decisores políticos devem manter uma postura orçamental apertada que não faça oposição à política monetária”, avisou Vítor Gaspar, o responsável pelo Fiscal Monitor do Fundo Monetário Internacional (FMI).

Em virtude da urgência política de respostas às crises energética e alimentar, ao disparo do custo de vida e aos problemas que as empresas atravessam com a alta dos custos e as disrupções globais, os governos têm a tentação de usar o orçamento de um modo indiscriminado. Mas Gaspar recomenda que o façam de um modo “direcionado” e sem beliscar o caminho da redução da dívida e do défice. “A consolidação orçamental dará um poderoso sinal de que os decisores políticos estão alinhados no combate à inflação", diz Gaspar.

O documento apresentado esta quarta-feira em Washington pelo atual diretor do Departamento de Assuntos Orçamentais do Fundo, ex-ministro das Finanças português dos tempos da troika, pede “consistência” entre as duas políticas - a orçamental levada a cabo pelos governos e a monetária desenvolvida por bancos centrais independentes. Recomenda um gasto público “direcionado” em paralelo ao aperto monetário (de subida das taxas diretoras pelos bancos centrais).

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