Economia

Brasil: que economia vão Lula ou Bolsonaro encontrar?

30 setembro 2022 10:33

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O próximo Presidente do Brasil enfrentará inflação alta e a economia a arrefecer, com juros em máximos

30 setembro 2022 10:33

O Banco Central do Brasil foi dos primeiros a subir a sua taxa de juro de referência em resposta ao ressurgimento da inflação. A taxa SELIC passou de 2% em fevereiro de 2021 para um máximo de 13,75% em agosto deste ano. Os juros multiplicaram-se por seis, mas o crescimento da economia surpreendeu pela positiva no segundo trimestre. Só que as projeções apontam para forte abrandamento no conjunto de 2022 e quase estagnação em 2023. E a inflação continua elevada, apesar de alguma moderação em julho e agosto. A taxa de desemprego está a descer, mas há 10 milhões de desempregados num dos países do mundo com maior nível de desigualdade no rendimento. O índice de Gini está nos 56,7 pontos em 100. Por comparação, o país da União Europeia com valor mais alto é a Bulgária, nos 39,7 pontos.

É esta a economia que o novo Presidente do Brasil vai encontrar. Com a Bolsa de São Paulo a perder 4% desde o início da campanha eleitoral até ao fecho desta terça-feira — em linha com a perda média nas praças latino-americanas e perto de metade do afundamento do índice mundial das bolsas — o próximo inquilino do Palácio do Planalto — seja Lula da Silva ou Jair Bolsonaro — enfrenta um contexto económico mais desfavorável, avisam os economistas.

Este é um artigo do semanário Expresso. Clique AQUI para continuar a ler.