
Preço das casas ainda cresce, mas pode estagnar em 2023, avisam os especialistas ouvidos pelo Expresso. Mercado português teve a última queda anual em 2012. Indicador de confiança do sector sinaliza já travagem no valor das transações
Preço das casas ainda cresce, mas pode estagnar em 2023, avisam os especialistas ouvidos pelo Expresso. Mercado português teve a última queda anual em 2012. Indicador de confiança do sector sinaliza já travagem no valor das transações
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Ainda é cedo para tirar conclusões sólidas, mas vários analistas do sector contactados pelo Expresso apontam para um “clima de arrefecimento” e para uma tendência que até pode não ser de queda, mas de estabilização no imobiliário. O economista Pedro Brinca, professor universitário da Nova School of Business and Economics, avisa que “uma subida das taxas de juro acabará por originar um colapso na procura e é praticamente inevitável um abrandamento”. E acrescenta que, “no mínimo, irá haver uma estabilização de preços”.
Este sentimento é partilhado por Ricardo Guimarães, analista e diretor da base de dados Confidencial Imobiliário: “Os 21% de subida de preços habitacionais acumulados no último ano [terminado em agosto] não são compatíveis com o arrefecimento da economia e caminharemos seguramente para uma estabilização.” O mesmo responsável acrescenta que provavelmente “vamos assistir não tanto a uma redução de preços mas mais do número de vendas”.
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