A escalada da inflação está a colocar uma pressão acrescida a parceiros sociais e Governos na Europa. Em causa está a atualização salarial dos funcionários públicos em 2023. Os sindicatos tentam, a todo o custo, negociar aumentos salariais em linha com a inflação, enquanto os Governos alertam para o risco desses aumentos provocarem uma espiral inflacionista na Europa. O Expresso recolheu dados sobre as perspetivas de atualização salarial dos 19 países da zona euro para o próximo ano. Nem todos os Governos fecharam já as suas propostas, mas entre os que o fizeram, só um, o da Bélgica, se comprometeu com um aumento em linha com a inflação estimada, 10%.
Portugal é um entre vários exemplos. O Governo maioritário de António Costa dá início às reuniões de negociação salarial com os sindicatos da Função Pública na próxima segunda-feira. Mas o primeiro-ministro já nivelou por baixo as expectativas: em cima da mesa vai colocar um referencial de aumentos em torno dos 2%. O valor fica abaixo dos 3,6% de inflação que a Comissão Europeia aponta para o país em 2023 e marca um retrocesso em relação à regra que o Governo seguiu desde 2020, a da atualização em linha com a média de inflação nos 12 meses anteriores.
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