Economia

Confederação do Turismo quer o aeroporto já, lamenta falta de apoios e apela a redução de impostos para o setor

Confederação do Turismo quer o aeroporto já, lamenta falta de apoios e apela a redução de impostos para o setor
Tiago Miranda

Num discurso crítico face à ausência de medidas de apoio ao turismo, Francisco Calheiros exortou Antonio Costa a usar a maioria absoluta para construir o aeroporto já. O presidente do CTP apelou a uma redução de impostos e dos custos de contexto, nomeadamente da energia

No arranque da VI Cimeira do Turismo, promovido pela Confederação do Turismo de Portugal, Francisco Calheiros dirigindo-se diretamente ao primeiro-ministro, defendeu que "sem a redução de custos de contexto e uma redução fiscal" não irá ser fácil ao setor do turismo enfrentar os desafios que tem pela frente.


"Tem uma maioria absoluta, use-a", apelou ainda Francisco Calheiros, apontando a urgência da construção de um novo aeroporto, depois de ter salientado que o turismo, que traz fortes receitas para o país, não pode continuar sem uma infraestrutura. "Não fazer um novo aeroporto significa perder 7 mil milhões de euros, ter menos 28 mil empregos", frisou.

A questão do aeroporto não pode continuar assim, considerou. "Não pode continuar com estudos e mais estudos, tem de se decidir já", apelou o presidente da CTP..

Governo esqueceu-se do turismo

O presidente da CTP fez duras críticas ao Executivo de António Costa na sua resposta à atual crise. "Se o governo esteve bem no início da pandemia, com o layoff e o apoio à retoma, atualmente podia e devia ter ido mais longe", lamentou.

“Senhor primeiro-ministro, deixe-me passar-lhe um bocadinho o que é hoje em dia o sentimento das associações dos empresários do turismo: dá ideia que se esqueceram do turismo, esqueceram-se do motor da economia”, salientou o gestor.

“Infelizmente, boa parte das medidas anunciadas pelo Governo para apoiar empresas ou ainda não chegaram, ou são insuficientes”, considerou o presidente da CTP, referindo-se às medidas para apoiar as empresas a combater a inflação.

Francisco Calheiros defendeu: "São necessárias medidas fiscais, e não medidas que passem pela concessão de crédito, que cada vez mais endividam o país". E lamentou: "Dá ideia de que se esqueceram do turismo". "Tudo [o que prometeram nas eleições] parece ter-se desvanecido", afirmou ainda.

O gestor deixou ainda alguns recados: "Não estamos disponíveis para viabilizar pressupostos que não forem alvo de diálogo". E pediu que o governo agilize medidas que permitam lidar com a falta de mão de obra, sublinhando que é fundamental abrir portas que permitam facilitar a mobilidade e entrada em Portugal de trabalhadores dos países de língua portuguesa.

Tem dúvidas, sugestões ou críticas? Envie-me um e-mail: ACampos@expresso.impresa.pt

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