Biotecnológica alemã capta 8,5 milhões de euros e aposta em Lisboa

A MicroHarvest, uma startup alemã de biotecnologia, fechou uma ronda de financiamento no montante de 8,5 milhões de euros, segundo anunciado esta terça-feira em comunicado. A empresa quer construir uma fábrica em Lisboa.
A ronda de financiamento foi “liderada pela Astanor Ventures e pela Happiness Capital, que contou com a participação da sociedade de capital de risco portuguesa Faber e do investidor atual FoodLabs”.
De acordo com a nota, a startup, que tem sede em Hamburgo, pretende usar o financiamento para fazer crescer a sua equipa de investigação e desenvolvimento, construir uma fábrica piloto em Lisboa e acelerar a produção para uma escala comercial.
A MicroHarvest quer “aproveitar a quantidade elevada de talento existente em Portugal na área da biotecnologia”. Portugal não foi escolhido ao acaso pois, além de Lisboa ser “um hub para startups das áreas de biotecnologia e inovação alimentar”, a própria co-fundadora, Luísa Cruz, é portuguesa e esteve vários anos a trabalhar na área no estrangeiro.
A missão desta empresa é “fornecer proteínas melhores, mais saudáveis e mais saborosas, produzidas de forma sustentável utilizando o poder dos microrganismos". Para tal, criou um “novo sistema de produção de proteína unicelular” e, assim, “responde à crescente procura de ingredientes protéicos alternativos para a alimentação humana, um mercado avaliado em 14 mil milhões de dólares".
“A tecnologia da MicroHarvest permite a produção de proteínas utilizando bactérias a uma velocidade e eficiência que excedem largamente as abordagens existentes”, explica a nota da empresa.
O diretor de investimento da Astanor Ventures, que liderou a ronda de financiamento, considera que a solução desenvolvida pela startup vai ao encontro da missão da Astanor.
Já o presidente executivo da Happiness Capital mostrou-se “entusiasmado por apoiar a equipa experiente, altamente empenhada e orientada para os objetivos da MicroHarvest”.
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