Economia

Duarte Cordeiro: "Nós já intervimos nos ganhos não esperados, não lhe chamamos é taxa"

Duarte Cordeiro, ministro do Ambiente e da Ação Climática
Duarte Cordeiro, ministro do Ambiente e da Ação Climática
RODRIGO ANTUNES/LUSA

O ministro do Ambiente, Duarte Cordeiro, indicou esta segunda-feira que Portugal “em princípio” apoiará as propostas da Comissão Europeia, que incluem taxar lucros inesperados, mas defendeu que o país já o faz

O ministro do Ambiente, Duarte Cordeiro, indicou esta segunda-feira que Portugal apoiará as propostas apresentadas pela Comissão Europeia, mas sublinhou que o Governo português já atacou os ganhos excessivos das empresas de energia.

“Nós já intervimos no mercado nos ganhos não esperados, não lhe chamamos é taxa”, declarou esta segunda-feira o ministro do Ambiente durante uma conferência sobre transição energética promovida em Lisboa pela CNN Portugal e PwC.

“O facto de não lhes chamarmos taxa, se é um fetiche chamamemos-lhe taxa, não significa que não tenhamos capacidade de intervir”, frisou Duarte Cordeiro, lembrando que o Governo já pôs em marcha o mecanismo ibérico, para travar os ganhos de alguns produtores de eletricidade (à boleia dos altos preços do gás), e reabriu as tarifas reguladas de gás natural às famílias, permitindo-lhes acesso a preços mais baixos.

“No caso do gás partilhámos responsabilidades alargando o consumo da tarifa regulada”, referiu Duarte Cordeiro.

Na mesma conferência o ministro descartou a hipótese de Portugal vir a explorar energia nuclear. “Não vemos vantagem nenhuma”, notou Duarte Cordeiro, indicando que a opção do Governo para alcançar 80% de eletricidade renovável até 2026 passa por uma combinação de energia hídrica, solar e eólica, incluindo eólicas offshore.

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