Economia

Projeto-piloto de semana de trabalho de quatro dias deve arrancar em 2023

Pedro Gomes, autor do livro "Sexta-feira é o Novo Sábado" e coordenador do projeto-piloto
Pedro Gomes, autor do livro "Sexta-feira é o Novo Sábado" e coordenador do projeto-piloto

Pedro Gomes, economista que vai coordenar o projeto-piloto, esclarece que o mesmo será voluntário e reversível, acrescentando que apesar da “redução significativa de horas” não haverá cortes salariais

O Governo vai apresentar o desenho do projeto-piloto que permitirá implementar a semana de quatro dias em Portugal aos parceiros sociais, em outubro. O mesmo será coordenado pelo economista e professor da Universidade de Londres, e autor do livro Sexta-feira é o novo sábado, Pedro Gomes. De acordo com o jornal “Público”, o objetivo é que as experiências nas empresas arranquem no próximo ano.

“Espero que as empresas portuguesas possam aderir ainda este ano ao projeto-piloto, de forma a que as experiências possam ter início em 2023”, adiantou o secretário de Estado do Emprego, Miguel Fontes. Para além disso, Miguel Fontes disse que tanto o sector privado como o público vão ser abrangidos.

Pedro Gomes esclareceu que o projeto será voluntário e reversível. “Há uma linha vermelha”, sublinhou: haverá uma “redução significativa de horas” sem qualquer corte no salário. "Pode haver alguma concentração, mas não estamos a falar de fazer 40 horas em quatro dias”.

O economista garantiu que o modelo a adotar neste projeto-piloto será semelhante às experiências que têm sido desenvolvidas noutros países, destacando três possibilidades a serem estudadas para Portugal: o modelo aplicado no Canadá, Estados Unidos ou Reino Unido, em que algumas empresas avançaram para a semana de quatro dias sem apoio do Estado; o modelo aplicado na Islândia e que se dirigiu apenas ao sector público; e o de Espanha, direcionado para empresas do sector da indústria e com financiamento do Estado.

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