Economia

BCE quer começar a debater redução da carteira de 5 biliões de euros em obrigações

Sede do BCE, em Frankfurt. Foto: Getty Images
Sede do BCE, em Frankfurt. Foto: Getty Images

O Banco Central Europeu BCE deverá começar a debater em outubro a possibilidade de reduzir o enorme balanço de 5 biliões de obrigações soberanas que acumulou depois de sete anos de políticas monetárias acomodatícias

O Banco Central Europeu (BCE) deverá começar a debater em outubro a possibilidade de reduzir o enorme balanço de 5 biliões de obrigações soberanas que acumulou depois de sete anos de políticas monetárias acomodatícias, noticiou o Financial Times esta sexta-feira, 9 de setembro.

Apesar da presidente do BCE, Christine Lagarde, ter dito que “agora não era a altura” de começar a reduzir o imenso portefólio de ativos do banco central de Frankfurt, o jornal avança que o BCE deverá mesmo decidir até ao final do ano qual o montante de obrigações soberanas que não irá substituir quando outras atingirem a maturidade.

De acordo com as fontes daquele jornal, o processo de contração do balanço poderá começar no início de 2023. O tema deverá ser discutido na reunião do dia 5 de outubro do conselho de governadores. O BCE vai debater como reduzir os reinvestimentos da carteira de ativos de 3,26 biliões de euros, a principal, composta maioritariamente por obrigações soberanas.

O BCE interrompeu o programa de compra de ativos em julho e começou este ano um ciclo de aumentos de taxas de juro que teve o seu capítulo mais recente na subida de 75 pontos-base de quinta-feira.

A redução do balanço do banco, criado depois de anos de estímulos que falharam em descolar a inflação de mínimos na década passada, é hoje um problema perante uma inflação que acelera.

A Reserva Federal dos Estados Unidos, e o Banco de Inglaterra, do Reino Unido, já estão em pleno processo de diminuição.

A diminuição do montante de ativos na carteira do BCE irá agravar ainda mais as condições de financiamento dos países do sul da Europa, com o credor de último recurso menos disponível para ir ao mercado aplacar os juros pedidos pelos investidores.

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