A Repsol acordou a venda ao fundo norte-americano EIG de uma participação de 25% no seu negócio de upstream (exploração e produção de petróleo e gás), pelo montante de 4,8 mil milhões de euros, anunciou a empresa espanhola em comunicado divulgado esta quarta-feira.
Esta transação avalia assim a divisão de exploração e produção da Repsol em cerca de 19 mil milhões de euros, com a empresa petrolífera a sublinhar que a operação “cristaliza valor” e contribui para o cumprimento dos objetivos do plano estratégico para o período de 2021 a 2025.
A Repsol revelou ainda que “o acordo contempla um potencial IPO [entrada em bolsa] deste negócio nos Estados Unidos da América a partir de 2026, dependendo da existência de condições de mercado favoráveis”.
“A nossa ambição é liderar a transição energética. Este acordo pioneiro permite-nos manter a orientação estratégica da unidade de upstream e, ao mesmo tempo, impulsionar a transformação da empresa e o seu perfil multi-energia para alcançar emissões zero de carbono até 2050”, comentou o presidente executivo da Repsol, Josu Jon Imaz.
O novo parceiro da Repsol, o fundo EIG, é um investidor institucional que ao longo das últimas décadas já investiu 41,5 mil milhões de dólares em empresas de energia em 38 países.
O negócio de exploração e produção da Repsol inclui ativos nos Estados Unidos, Canadá, México, Brasil, Peru, Bolívia, Trinidad e Tobago, Colômbia, Venezuela, Noruega, Reino Unido, Argélia, Líbia e Indonésia. Em Portugal a Repsol opera na comercialização de combustíveis mas também tem capacidade industrial, com o seu complexo petroquímico em Sines.
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