Exclusivo

Economia

Aeroporto: “Alcochete parece-me a hipótese mais óbvia”, defende presidente da SATA

Para que o setor aeroportuário português possa aproveitar todo o potencial geográfico e a qualidade dos trabalhadores precisa de um aeroporto com condições de expansão, defendia Luís Rodrigues, quando era presidente de SATA
Para que o setor aeroportuário português possa aproveitar todo o potencial geográfico e a qualidade dos trabalhadores precisa de um aeroporto com condições de expansão, defendia Luís Rodrigues, quando era presidente de SATA
Ana Baiao

Montijo como aeroporto complementar penalizaria o hub aeronáutico português, porque não permitiria a expansão futura, considera Luís Rodrigues, presidente da companhia açoriana

Aeroporto: “Alcochete parece-me a hipótese mais óbvia”, defende presidente da SATA

Anabela Campos

Jornalista

Há um potencial aeroportuário em Portugal, garantido pela geografia do país, que Luís Rodrigues considera não poder ser desperdiçado e que urge concretizar. Para o presidente da SATA, entre as localizações que estão em cima da mesa, Alcochete é, claramente, a melhor opção. “Portugal tem todas as condições para ter um hub aeroportuário extraordinário. Tem uma extraordinária localização geográfica, e essa ninguém nos tira, e tem pessoas muito qualificadas. Junte as duas e tem condições para fazer algo muito interessante”, defende o gestor. Mas acrescenta: “Para que isso aconteça tem de passar necessariamente pelo tema do aeroporto, e quando se fala em criar um hub aeroportuário, tem de se pensar em duas coisas pelo menos: no longo prazo e em espaço para expansão. Por isso, das duas opções que estão em cima da mesa, para mim Alcochete parece-me a hipótese mais óbvia.” Luís Rodrigues considera que é urgente avançar com uma solução e parar de arrastar a discussão. “Vamos andar eternamente a discutir na folha de Excel qual é a melhor localização para o novo aeroporto? Não faz sentido. É escolher a solução e avançar, ponto.”

Questionado sobre se o Montijo seria uma solução intermédia que não permitiria no futuro usar todo o potencial do país, sem alimentar a especulação, Luís Rodrigues assegura que não. “Já há muitos cozinheiros a mexer na panela, não quero ser mais um, mas não me parece que o Montijo seja uma boa solução.” E não é só por uma questão de escassez de espaço para criar o hub (plataforma giratória). “Há outra questão, temos de preservar o nosso ecossistema, e o Montijo não permite isso. E qualquer operação aeroportuária que cresça ali pode destruir aquele ecossistema no estuário do Tejo.”

Já é Subscritor?
Comprou o Expresso?Insira o código presente na Revista E para continuar a ler

Tem dúvidas, sugestões ou críticas? Envie-me um e-mail: ACampos@expresso.impresa.pt

Comentários
Já é Subscritor?
Comprou o Expresso?Insira o código presente na Revista E para se juntar ao debate