3 setembro 2022 10:11
Luís Rodrigues, presidente da SATA, salienta o grande potencial da SATA para os voos continentais, de ligação da Europa aos EUA
ana baiao
Luís Rodrigues acredita no sucesso da privatização, porque a SATA está com um melhor desempenho do que na última tentativa de venda e está em crescimento. Gestor admite que a Icelandair pode voltar a interessar-se pelo processo
3 setembro 2022 10:11
Está assumido o compromisso com Bruxelas, no quadro do plano de reestruturação: a privatização da maioria do capital da SATA — Azores Airlines é para avançar. Luís Rodrigues defende que o processo deverá fazer-se o quanto antes e já comunicou isso ao Governo Regional. Em 2018 houve uma tentativa de vender 49% da Azores Airlines (antiga SATA Internacional), e a Icelandair foi a única candidata, mas o processo não chegou ao fim. A situação hoje é diferente, o balanço da companhia foi limpo — cerca de €350 milhões de dívida do grupo passou para as contas do Governo Regional —, e a atividade operacional e as receitas estão em rota ascendente. “A nossa recomendação para o Governo Regional é que a privatização se faça o mais depressa possível”, avança. Não houve ainda, porém, qualquer desenvolvimento. “Já houve as primeiras conversas [com o Governo Regional]. Depois do verão, as coisas deverão começar a mexer”, diz.
A SATA Air Açores, que faz as ligações entre ilhas, fica fora da privatização. “Sim, isso é sagrado. Nas ilhas centrais é possível fazer a ligação de barco, mas entre as outras ilhas de inverno é impensável”, justifica. Este serviço tem sido feito pela SATA, mas há um concurso de cinco em cinco anos. “Ninguém tem aparecido. É uma operação difícil. As ilhas não são para meninos”, brinca.