Economia

Gasoduto Nord Stream encerrado. Gazprom alega que sanções impedem reparação de turbina defeituosa

Gasoduto Nord Stream encerrado. Gazprom alega que sanções impedem reparação de turbina defeituosa
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A Gazprom diz que as sanções impostas pelo Ocidente à Rússia impedem que a Siemens possa arranjar a turbina defeituosa. A empresa multinacional revela contudo que a fuga de petróleo não impede o funcionamento do gasoduto

A Gazprom, empresa estatal russa de comercialização de gás natural, disse este sábado que as sanções impostas pelo Ocidente à Rússia impedem que a Siemens Energy possa arranjar a turbina defeituosa que levou à suspensão do gasoduto Nord Stream 1.

A Siemens, contudo, diz que não tem estado a fazer nenhum trabalho de manutenção mas que a fuga de petróleo em questão não impede o funcionamento do gasoduto.

De acordo com o comunicado da Gazprom divulgado no canal de Telegram, e citado pela Reuters, o arranjo da turbina não pode ser feita pela Siemens já que “não há nenhum sítio” onde a empresa o possa fazer, vedada que está pelas sanções de fornecer em território ocidental serviços a empresas russas.

Segundo a Gazprom, “a Siemens está a participar nos trabalhos de manutenção em conformidade com o contrato atual e está a detetar avarias… e está preparada para arranjar as fugas de combustível. O problema é que não há nenhum sítio onde possa ser feita a reparação”.

Segundo a Gazprom, a turbina só pode ser arranjada numa oficina especializada.

Mas a Siemens, contactada pela Reuters, revelou: “às 22 horas de ontem, não estávamos envolvidos em trabalhos de manutenção e não tínhamos nenhuma encomenda de manutenção”.

Disse igualmente que a fuga de combustível não é razão para a paragem total do gasoduto e que há outras turbinas na central de compressão para mantê-lo a funcionar.

Depois de três dias de paragem não-programada do Nord Stream 1, o gasoduto que liga a central de compressão de Portovaia, na cidade de Viburgo, na Rússia, ao norte da Alemanha através do mar Báltico, os fornecimentos de gás natural à Europa deveriam regressar este sábado, com 33 milhões de metros cúbicos de gás a reentrar nos mercados europeus, a lidar com uma grave crise energética.

Charles Michel, o presidente do Conselho Europeu, disse no Twitter, sobre a paragem, que “a utilização de gás como arma não irá alterar a determinação da União Europeia. Vamos acelerar o nosso caminho para a independência energética".

Entretanto, a Gazprom anunciou que iria injetar 42,7 milhões de metros cúbicos de gás natural na estação de Sudja, através do gasoduto que passa pela Ucrânia, segundo a Reuters.

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