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CMVM deteta falhas em sociedades de capital de risco na vigilância à obtenção de vistos gold

Gabriel Bernardino, da CMVM, tem de olhar para equilíbrio de género nas cotadas
Gabriel Bernardino, da CMVM, tem de olhar para equilíbrio de género nas cotadas
Nuno Botelho

Supervisor fez diligências em empresas de capital de risco e descobriu deficiências nos sistemas que devem impedir entrada de dinheiro sujo no país

O investimento em capital de risco para que investidores estrangeiros obtenham vistos gold está a ser feito sem que estejam garantidas todas as regras para impedir a entrada de dinheiro com origem ilícita em Portugal. A conclusão é da Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM), que fez ações de supervisão em 10 entidades e em todas detetou falhas, de acordo com dados confirmados ao Expresso.

As equipas da CMVM foram presencialmente a 10 entidades de capital de risco realizar aquilo que a autoridade chama ação de supervisão temática, por ser direcionada a um sector em específico, e relacionada com a prevenção do branqueamento de capitais e financiamento do terrorismo (BCFT). As sociedades e fundos de capital de risco investem em capital de empresas com espaço para crescer, permitindo-lhes robustecerem-se, abandonando-as num período definido de tempo — são, por exemplo, uma das grandes fontes de aposta nas startups. A realização de investimentos com valor igual ou superior a €500 mil em entidades de capital de risco é uma das formas que possibilita a obtenção de um visto gold em Portugal.

Tem dúvidas, sugestões ou críticas? Envie-me um e-mail: dcavaleiro@expresso.impresa.pt

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