O Japão precisa de aproximadamente 24 mil milhões de dólares (23,9 mil milhões de euros ao câmbio atual) em investimentos dos setores público e privado para desenvolver uma base de produção competitiva para baterias destinadas a veículos elétricos ou armazenamento de energia, disse o Ministério da Indústria japonês.
Segundo a “Reuters”, um painel de especialistas encarregado de formular a estratégia de baterias do país também estabeleceu a meta de garantir emprego a 30.000 pessoas formadas na área da produção de baterias e em cadeias de abastecimento até 2030.
A estratégia mostra o esforço que os japoneses estão a fazer para revigorar a sua indústria de baterias, à medida que rivais apoiados pelos governos dos vizinhos China e Coreia do Sul aumentam a quota de mercado nas baterias de lítio às custas das empresas japonesas.
"O governo estará na vanguarda e mobilizará todas as suas medidas para atingir os objetivos da estratégia, mas não podemos atingir esse objetivo sem os esforços do setor privado", disse o ministro da Indústria, Yasutoshi Nishimura, citado pela agência de notícias.
Segundo o ministério, até 2030 a capacidade de produção doméstica de baterias estará nos 150 gigawatts-hora (GWh) e a capacidade global de fabricantes japoneses em 600 GWh.
As metas já eram conhecidas, mas esta quarta-feira ficou-se a conhecer o valor de 24 mil milhões de dólares.
O apoio do governo japonês chegará também às empresas do país envolvidas na exploração de minas e reforçará alianças com países ricos em recursos, como Austrália e países africanos e sul-americanos.
Para a produção anual global de 600 GWh de baterias em 2030, o governo espera precisar de cerca de 380.000 toneladas de lítio, 310.000 toneladas de níquel, 60.000 toneladas de cobalto, 600.000 toneladas de grafite e 50.000 toneladas de manganês.
As baterias são fundamentais para a meta do governo de se tornar neutro em carbono até 2050.
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