Ryanair está a crescer mas admite que há riscos que podem travar a recuperação
O presidente executivo da Ryanair admite que os ganhos do verão podem dar lugar a uma nova aterragem caso o futuro traga “desenvolvimentos externos adversos”
A recuperação pós-pandémica na Ryanair é forte, com números saudáveis nos últimos meses… mas é frágil ao mesmo tempo, disse o presidente executivo da companhia aérea, Michael O'Leary, aludindo à possibilidade de as condições se deteriorarem no futuro.
“Ao mesmo tempo que a nossa recuperação e crescimento são muito fortes”, disse, essa recuperação “ainda é muito frágil e propensa a cair no caso de desenvolvimentos externos adversos”, ressalvou O'Leary esta terça-feira, 30 de agosto, numa conferência de imprensa em Londres, citado pela Reuters.
De acordo com o responsável, a companhia aérea deverá manter em agosto o mesmo nível médio de lugares vazios por voo de julho, de 4%.
A Ryanair, tal como outras companhias aéreas, está a usufruir do primeiro verão sem restrições de movimento relativas à pandemia da covid-19, mas a lidar com falta de tripulação e pessoal nos aeroportos.
A contestação social no setor da aviação aumentou, com os profissionais da área a reivindicarem melhorias salariais e das condições de trabalho depois de dois anos de cortes e de meses de sobrecargas laborais.
Esta falta de capacidade obrigou, nos últimos meses, ao cancelamento de centenas de voos na Europa, o que teve um impacto negativo junto da operação das companhias aéreas.
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