TAP baixa prejuízo no primeiro semestre para 202 milhões de euros
A TAP reduziu as perdas do primeiro semestre em 59%, para 202 milhões de euros, com as receitas a mais do que triplicar
A TAP reduziu as perdas do primeiro semestre em 59%, para 202 milhões de euros, com as receitas a mais do que triplicar
A TAP registou no primeiro semestre um prejuízo de 202,1 milhões de euros, menos de metade das perdas de 493,1 milhões de euros contabilizadas em igual período do ano passado, revelou a companhia aérea esta terça-feira em comunicado.
A melhoria de 59% no resultado do primeiro semestre (com o segundo trimestre a registar uma redução homóloga do prejuízo de 37%, para 80,4 milhões de euros) beneficiou de um desempenho operacional mais positivo.
As receitas operacionais entre janeiro e junho mais do que triplicaram, passando de 383,1 milhões de euros na primeira metade de 2021 para 1321,2 milhões no mesmo período de 2022.
As receitas de passageiros dispararam de 240,3 para 1152,7 milhões de euros, enquanto os proveitos com manutenção subiram 61,2%, para 27,2 milhões de euros, e as receitas com carga e correio aumentaram 26,3%, para 132 milhões de euros. As restantes linhas de receitas recuaram 56,5%, para 9,3 milhões de euros.
Os custos operacionais tiveram um crescimento menos acentuado do que o das receitas. Globalmente os gastos da companhia aérea portuguesa subiram 73,1% em termos homólogos, para 1316,8 milhões de euros. A despesa com combustível mais do que triplicou, para 409,1 milhões de euros. Mas os custos com pessoal tiveram um corte de 7,2%, para 187,7 milhões de euros.
A rubrica com pessoal acabou que ser a que teve a maior redução de gastos operacionais em termos absolutos (permitindo uma poupança de 14,6 milhões de euros em termos homólogos).
Fruto destas variações, o resultado operacional da TAP até junho passou de 377,4 milhões de euros negativos em 2021 para 4,4 milhões positivos em 2022.
Já o EBITDA (resultado antes de juros, impostos, depreciações e amortizações) passou de - 140,8 milhões de euros a 233,5 milhões de euros. A margem EBITDA, que era negativa em 36,8%, passou a ser positiva em 17,7%.
Somando ao resultado operacional (marginalmente positivo) os encargos com juros, as diferenças cambiais desfavoráveis e os impostos, o resultado líquido da TAP até junho acabou por ser negativo em mais de 200 milhões de euros, embora melhor do que o registado no período homólogo.
“O segundo trimestre registou uma procura muito saudável e receitas por passageiro mais elevadas, o que nos permitiu compensar o aumento nos custos. O contexto continua difícil e as perspetivas de procura para o quarto trimestre e próximo ano mantêm-se incertas. A execução do plano de restruturação continua a ser fundamental”, comentou, no comunicado de resultados, a presidente executiva da TAP, Christine Ourmières-Widener.
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