Economia

Greve de serviços aeroportuários entre 19 a 21 de agosto foi desmarcada após maratona de negociações

Greve de serviços aeroportuários entre 19 a 21 de agosto foi desmarcada após maratona de negociações
PATRICIA DE MELO MOREIRA/AFP via Getty Images

Após negociações com a ANA e a DGERT ,que começaram na terça-feira e terminaram há pouco, o Sindicato Nacional dos Trabalhadores da Aviação Civil chegou a acordo com a concessionária e a greve foi desconvocada

A reunião do Sindicato Nacional dos Trabalhadores da Aviação Civil (Sintac) na Direção Geral do Emprego e das Relações de Trabalho (DGERT), com a ANA, gestora dos aeroportos, terminou esta quarta-feira, depois de um dia e meio de negociações para determinar os serviços mínimos para a greve marcada entre as 00:00 de dia 19 e as 24:00 do dia 21 de agosto. A greve afetaria 10 aeroportos nacionais, mas acabou por ser desmarcada, confirmou Rúben Simas, do Sintac, ao Expresso. Vai ser criado um grupo de trabalho para estudar atualizações salariais na sequência da subida inflação.

"Decidimos desconvocar a greve depois de termos chegado a acordo em alguns pontos essenciais", afirmou Rúben Simas. O sindicalista explicou foram dados passos positivos em áreas como o recrutamento de mais trabalhadores e formação.

Para discussão, em sede do grupo de trabalho, ficam aumentos salariais. A base de discussão, adiantou, é de 1,5%, com retroativos a janeiro.

Nas reivindicações do SINTAC, estava a manutenção do Acordo de Empresa de 2015, e “reposição de todas as contribuições – até então suspensas – para o Fundo de Pensões dos seus trabalhadores”.

O sindicato exigia ainda um “aumento digno do salário dos seus trabalhadores", tendo em conta não só os resultados da empresa, como também os atuais níveis de inflação. Eram ainda pedidas “medidas urgentes no sentido de contratar os recursos humanos em falta e repor os mínimos necessários à salvaguarda da segurança aeroportuária e à segurança no trabalho”.

O SINTAC defende que na ANA se tem assistido “a uma sobrecarga desumana nos recursos humanos existentes”. E dá como exemplo, faltando os oficiais de controlo de voo, supervisores de socorros e técnicos de manutenção.

SITAVA acorda aumentos de 1,5%

Entretanto, o Sindicato dos Trabalhadores da Aviação e Aeroportos (Sitava) anunciou na quarta-feira que aceitou uma atualização salarial, com retroatividade a janeiro, de 1,5%, Um entendimento a que chegou depois de um processo de mediação com a ANA – Aeroportos de Portugal. Foi ainda criado um grupo de trabalho para debater a atualização salarial de 2023.

“Bem sabemos que este valor fica aquém do que era justo, no entanto, perante uma inflação de 1,3% em 2021, consideramos que esta proposta é um sinal claro de que a empresa, perante uma inflação galopante em 2022, terá necessariamente de se preparar para negociar connosco em 2023 uma atualização salarial que reponha o poder de compra perdido em 2022”, garantiu o SITAVA, num comunicado citado pela Lusa.

O sindicato esclareceu ainda que criou um grupo de trabalho "que visa apresentar tão cedo quanto possível uma proposta de revisão salarial para 2023 que vá de encontro às justas reivindicações dos trabalhadores”.

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