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Coimas de €13 milhões perdoadas ao BES ‘mau’

A 3 de agosto de 2014, o então governador do Banco de Portugal, Carlos Costa, ditou o fim do BES, após perdas que imputou a Ricardo Salgado. António Ramalho liderou o sucessor, o Novo Banco, até este mês
A 3 de agosto de 2014, o então governador do Banco de Portugal, Carlos Costa, ditou o fim do BES, após perdas que imputou a Ricardo Salgado. António Ramalho liderou o sucessor, o Novo Banco, até este mês

Valor iria reduzir em cerca de 7% o ativo do banco, já muito insuficiente para satisfazer as responsabilidades

Coimas de €13 milhões perdoadas ao BES ‘mau’

Diogo Cavaleiro

Jornalista

O BES, atualmente sob o comando de uma comissão liquidatária, escapou ao pagamento de coimas que ascendem, no seu conjunto, a quase €13 milhões, a maior parte aplicada pelo Banco de Portugal (€9,9 milhões), a restante pela Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (€3 milhões). Houve lugar a condenação, mas, caso não tivesse havido suspensão, as sanções teriam “comido” o equivalente a 7% do ativo que o BES “mau” ainda tem e que servirá para ressarcir, pelo menos parcialmente, os credores.

O ativo do BES em liquidação era, no fim de 2021, de cerca de €174 milhões, já de si bastante insuficiente para cobrir o passivo, que ascende a €7,3 mil milhões. O capital próprio é, portanto, negativo em €7,2 mil milhões, o que deixará a grande maioria dos credores sem poderem recuperar as suas aplicações.

Tem dúvidas, sugestões ou críticas? Envie-me um e-mail: dcavaleiro@expresso.impresa.pt

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