A Caixa Geral de Depósitos e o Novo Banco concluíram a venda da empresa de segurança privada ao grupo espanhol Trablisa. A transação ficou fechada esta semana, segundo anunciou o presidente executivo do banco público, Paulo Macedo, na conferência de imprensa de apresentação de resultados do primeiro semestre.
Há anos que a venda da Esegur, que era uma parceria do antigo BES e da CGD criada nos anos 90, estava em cima da mesa, mas estava difícil de concretizar. Já em outubro de 2019 estava a correr este processo e a Trablisa já estava na corrida, mas só agora há uma conclusão.
Paulo Macedo não quis revelar o valor da operação, dizendo apenas que o “efeito em capitais próprios é positivo, mas é marginal”. O Governo tinha já dado a autorização para a operação de venda à CGD, que tinha 50% na empresa.
Nas contas da Caixa relativas a 2021, a empresa de transporte e tratamento de valores tinha uma avaliação líquida de 6,5 milhões de euros, depois de uma imparidade de 6,5 milhões face ao seu valor bruto – 13 milhões.
Já o Novo Banco tinha 44% do capital da Esegur, com um valor de 5 milhões de euros (após uma imparidade de 8,7 milhões em relação ao valor bruto de 13,8 milhões).
A Esegur começou como Espírito Santo Segurança em 1994, sendo que pouco depois passou a ser uma parceria com o banco público. É mais uma réstia do Universo Espírito Santo que agora segue para mãos estrangeiras.
Outras vendas
Além da Esegur, o banco público tem também em cima da mesa a alienação de operações internacionais: o brasileiro Banco Caixa Geral e o cabo verdiano Banco Comercial do Atlântico.
“Estamos à espera que o Governo materialize o seu entendimento, que, no fundo, seria relançar o processo em Cabo Verde e esperar por desenvolvimentos no Brasil”, revelou Macedo. “Esperamos que aconteça no mês de agosto, mas isso cabe ao Governo”, continuou.
A venda do banco no Brasil está para acontecer desde 2017, mas, por agora, a transação não tem sido bem-sucedida.
Tem dúvidas, sugestões ou críticas? Envie-me um e-mail: dcavaleiro@expresso.impresa.pt
Assine e junte-se ao novo fórum de comentários
Conheça a opinião de outros assinantes do Expresso e as respostas dos nossos jornalistas. Exclusivo para assinantes