A presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, anunciou esta segunda-feira, 18 de julho, um acordo com o Azerbaijão para duplicar "em poucos anos" as importações de gás da União Europeia (UE) desta ex-república soviética no Cáucaso.
Bruxelas procura diversificar o abastecimento europeu para se libertar de dependência do abastecimento russo, numa altura em que Moscovo começou a limitar a venda de energia e os europeus temem uma interrupção total, como retaliação pelas sanções impostas por causa da invasão da Ucrânia, iniciada no final de fevereiro.
"A UE está a voltar-se para fornecedores de energia mais confiáveis. Hoje, estou no Azerbaijão para assinar um novo acordo. O nosso objetivo: duplicar o fornecimento de gás do Azerbaijão para a UE em poucos anos. (Estes países) serão um parceiro essencial para a nossa segurança no abastecimento e no caminho para a neutralidade climática", disse von der Leyen, numa mensagem na rede social Twitter.
No ano passado, o Azerbaijão forneceu cerca de 8 mil milhões de metros cúbicos de gás natural para a Europa através de gasodutos que passam pela Geórgia e pela Turquia.
O Presidente do Azerbaijão, Ilham Aliev, anunciou na semana passada que um "documento importante sobre segurança energética" seria assinado com a UE.
Em maio, os líderes da UE aprovaram a suspensão da maioria das importações de petróleo russo até ao final do ano, como parte das sanções contra Moscovo, embora tenham tido o cuidado de evitar assumir medidas que afetassem as importações de gás russo, que constituem quase 40% das necessidades dos europeus.
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