A Gazprom invocou, numa carta enviada a 14 de julho, "motivos de força maior" para não cumprir os fornecimentos contratualizados de gás natural junto de pelo menos um cliente, segundo notícia da "Reuters" desta segunda-feira, 18 de julho.
A cláusula contratual protege a empresa estatal russa de pagar indemnizações pelo incumprimento dos fornecimentos, alegando problemas que escapam ao seu controlo.
Neste caso, a carta dizia respeito, segundo avançou uma fonte à "Reuters", a fornecimento através do Nord Stream 1, o gasoduto que fornece a Europa Central de gás russo, parado desde 11 de julho por manutenção anual.
Países como a Alemanha, que dependem fortemente do gás russo, temem que Moscovo corte o fornecimento de gás definitivamente numa tentativa de pressionar o Ocidente depois da invasão da Ucrânia de 24 de fevereiro.
Apesar da suspensão por manutenção ter começado a 11 de julho, a carta estipulava que a ativação da cláusula afetava retroativamente os fornecimentos a partir de 14 de junho, altura em que os fornecimentos começaram a diminuir devido a alegados problemas com uma turbina.
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