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Economia

Boris Johnson deixa atrás de si uma confusão esterlina. A análise de Barry Eichengreen

Boris Johnson durante um Conselho de Ministros a 5 de julho de 2022. À esquerda na imagem, o agora ex-ministro da Saúde Sajid Javid, cuja demissão foi a primeira de muitas no mesmo dia

Barry Eichengreen

"Fundamentalmente, a Grã-Bretanha sofre de fraco crescimento da produtividade", diz Barry Eichengreen, que aqui analisa a incerteza política derivada do final do Governo de Boris Johnson. As várias crises da libra podem, acredita, ajudar a perspetivar o que se segue - e o futuro não parece risonho

O governo caótico do primeiro-ministro britânico Boris Johnson, e o seu colapso igualmente caótico, não são hoje em dia a única fonte de pânico no Reino Unido. Existe também uma ansiedade crescente sobre a taxa de câmbio da libra britânica.

Desde que atingiu um pico na Primavera do ano passado, a libra desvalorizou cerca de 10% contra o dólar. “A moeda britânica está a ser massacrada nos mercados internacionais”, dizem-nos. Das cinco moedas subjacentes aos activos de reserva do Fundo Monetário Internacional, os direitos especiais de saque, só o iene japonês se comportou pior que a libra.

Os operadores parecem ver a libra mais como a moeda de um mercado emergente conturbado que como a de uma economia avançada e estável. E agora, com a demissão de Johnson e a consequente incerteza política, a libra prepara-se para afundar ainda mais.

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