Trabalhadores da companhia aérea SAS em greve este verão
Os trabalhadores da transportadora aérea SAS irão entrar em greve depois de as negociações salariais com a administração da empresa escandinava terem falhado
Os trabalhadores da transportadora aérea SAS, que opera sobretudo na Suécia, Noruega e Dinamarca, irão entrar em greve depois de as negociações salariais com a administração da empresa terem falhado, de acordo com notícia da Reuters desta segunda-feira, 4 de julho. A paralisação junta-se à greve dos trabalhadores da Ryanair e da EasyJet marcadas para este mês, e é a primeira entre as chamadas companhias de bandeira.
Entretanto, entre o pessoal de terra, funcionários da British Airways no aeroporto de Heathrow, em Londres, irão fazer greve este verão, à semelhança dos do aeroporto Charles de Gaulle, de Paris, que pararam desde a última sexta-feira a domingo.
As transportadoras aéreas estão atualmente em recuperação face às fortes quebras da pandemia da covid-19 mas a lidar com escassez de pessoal depois de terem prescindido de grande parte da sua força de trabalho em 2020 e 2021. Os profissionais, a braços com a recuperação rápida do turismo, com cortes salariais e com o aumento do custo de vida, estão a reivindicar melhorias nas condições de trabalho por toda a Europa.
Os sindicatos dizem que 1000 pilotos da SAS na Dinamarca, Noruega e Suécia vão fazer greve. De acordo o presidente executivo da SAS, Anko van der Werff, "uma greve nesta altura será devastadora para a SAS e põe o futuro da empresa, tal como o futuro de milhares de postos de trabalho, em risco".
O banco dinamarquês Sydbank estima que a greve custe à companhia aérea entre 80 milhões e 90 milhões de coroas dinamarquesas (11-12 milhões de euros). A companhia aérea prevê que 50% dos voos seja cancelados e que 30 mil passageiros sejam afetados todos os dias, segundo a Reuters.
A SAS está à procura de investidores para entrarem no capital da empresa, detida em parte pelos estados da Suécia e da Dinamarca. A Noruega já não tem uma participação direta na transportadora, mas é credora da SAS, detendo dívida.
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