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Negócios dos têxteis “estão mesmo a arrefecer”, avisam os empresários e mostram os números

Negócios dos têxteis “estão mesmo a arrefecer”, avisam os empresários e mostram os números
Pietro Sutera

2021 foi um ano recorde para a indústria têxtil. 2022 começou bem, mas a conjuntura está a travar o tom de otimismo nas previsões para o fim do ano e para 2023

“No ano passado, clientes que nos compravam 200 mil euros por ano fizeram encomendas no valor de um milhão. Este ano voltaram aos 200 mil.” Para Xavier Leite, presidente executivo da Têxteis Penedo, esta é “a forma mais direta e simples de mostrar o que está a acontecer” na sua empresa e no sector têxtil em geral, para deixar claro que “o sentimento de abrandamento dos negócios” começa a alastrar, a travar o otimismo.

É verdade que o negócio da sua têxtil, em Guimarães, “corre bem” e as encomendas continuam a entrar. Mas se “2021 foi o melhor ano de sempre”, com vendas de 16 milhões de euros, 50% acima de 2020 e 60% acima de 2019, a fasquia para 2022 desceu: “Estamos ao mesmo nível do ano passado, é percetível uma redução do consumo e as vendas, em quantidade, estão 15% abaixo das de 2021”, adianta o empresário, consciente de que após dois anos “fechados em casa, mais centrados nas compras para o lar, os consumidores começaram a sair e a gastar o seu dinheiro noutras coisas”.

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