Juros da dívida: mercados obrigam Lagarde a acelerar a criação de um ‘escudo antispreads’

Investidores vencem braço de ferro. Reunião de emergência decide flexibilizar reinvestimentos e criar “um novo instrumento”
Investidores vencem braço de ferro. Reunião de emergência decide flexibilizar reinvestimentos e criar “um novo instrumento”
Jornalista
Ao sexto dia depois da última reunião, o Banco Central Europeu (BCE) teve de reunir de emergência face ao disparo dos juros da dívida pública e dos prémios de risco (spreads) na zona euro. O que deixara por decidir na prateleira na reunião de 9 de junho acabou por ter de anunciar sob pressão extrema dos mercados. É a segunda vez, em menos de três anos, que Christine Lagarde, a presidente do banco, cede face à pressão dos mercados e corrige o tiro.
O BCE anunciou esta semana que vai gerir de um modo flexível os reinvestimentos da sua carteira de títulos comprados no âmbito do PEPP (o programa antipandemia descontinuado em março passado) — e são €250 mil milhões nos próximos 12 meses, segundo contas do banco alemão Commerzbank — e mandou acelerar o desenho de “um novo instrumento antifragmentação”. Alguns analistas já batizaram esse futuro instrumento de ‘escudo antispreads’.
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