Fundação extinta pelo Governo recebe mais de €3 milhões estatais ao ano, diz o ministro da Cultura ao Expresso. António Costa esteve no ato da constituição da entidade que agora vai eliminar
O acordo que o Estado assinou com José Berardo em 2006 contou com a bênção, entre outros, de António Costa. O então ministro de Estado e da Administração Interna foi um dos membros do Governo de José Sócrates que assinou a criação da Fundação de Arte Moderna e Contemporânea — Coleção Berardo, que o seu Executivo renovou em 2016 e que agora o Governo por si liderado quer extinguir. Um acordo que já teve aspetos criticados pelo atual ministro da Cultura e que, a repetir-se, terá de ser em moldes “diferentes”. Todos os anos esta fundação consome mais de €3 milhões aos cofres estatais.
“A minha responsabilidade como ministro da Cultura não é nem comentar nem avaliar decisões com mais de 15 anos. O que devo fazer é encontrar soluções para resolver os problemas que se colocam agora”, é a resposta ao Expresso do ministro da Cultura, Pedro Adão e Silva, quando instado a comentar se o acordo entre o Estado e José Berardo acabou por revelar-se favorável ao empresário madeirense, em detrimento da esfera pública, já que foi o próprio governante a levantar algumas críticas ao acordo assinado no primeiro Governo de Sócrates.
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