Hospital da Cruz Vermelha muda de gestão. Adalberto Fernandes é o presidente

O Hospital da Cruz Vermelha Portuguesa (HCVP) tem novos gestores. O ex-ministro da Saúde Adalberto Campos Fernandes substituiu, como presidente do Conselho de Administração, Edmundo Martinho, provedor da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa (SCML), instituição que detém, desde dezembro de 2020, o controlo da sociedade gestora da unidade. O presidente da comissão-executiva passou a ser Carlos Sá, que veio do Grupo Lusíadas, saindo Francisco Ramos, ex-secretário de Estado da Saúde. A braços com uma situação financeira desastrosa, a Cruz Vermelha Portuguesa vendeu os seus 54,98% à SCML e o plano incluía também os 45% da Parpública, gestora de ativos do Estado. A operação foi comprometida pelo desacordo sobre o preço, apurou o Expresso.

Nas contas da Parpública de 2021, divulgadas esta semana, permanece a intenção de alienação. Mas em vez de “ativo não corrente detido para venda”, a participação foi reclassificado como “associada”. No relatório é dito que “embora continue a existir o empenho e compromisso da gestão com um plano de venda, não está ainda identificado um potencial comprador (...) nem se sabe se as orientações se manterão por parte dos novos membros do Governo”. A CVP — Sociedade de Gestão Hospitalar teve prejuízos de €6,7 milhões no ano passado, uma ligeira melhoria em relação a 2020. Já o passivo aumentou mais de €4 milhões para €49,2 milhões.

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