A Sonaecom, através da subsidiária Sonae IM, acordou vender ao grupo Thales a tecnológica Maxive - Cybersecurity, informou a empresa portuguesa em comunicado à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM) esta terça-feira. A Maxive é uma holding criada em 2020 que agrega as empresas de cibersegurança S21Sec e Excellium.
Os termos acordados para a venda avaliam a Maxive em 120 milhões de euros e a transação, que depende da obtenção de autorizações regulatórias, deverá estar concretizada até 30 de novembro deste ano, aponta o comunicado.
Segundo a Sonaecom, esta alienação deverá ter um impacto positivo nos seus resultados consolidados de 63 milhões de euros. "Estes montantes poderão variar em função da data efetiva da transação e respetivo desempenho financeiro da Maxive e suas subsidiárias até esse momento", observa a empresa portuguesa.
"Com esta transação, a Sonae IM prossegue a estratégia de gestão ativa do seu portefólio de empresas de base tecnológica, com o objetivo de consolidar a sua posição de investidor de referência a nível internacional", diz ainda a Sonaecom no comunicado à CMVM.
A empresa sublinha que este negócio reforça "o trajeto de crescimento e afirmação da Maxive e suas subsidiárias S21sec e Excellium no mercado, o que representa uma clara oportunidade para estas e para as suas pessoas".
As atividades de cibersegurança da Thales representam mil milhões de euros em vendas anuais, de acordo com um comunicado do grupo francês, que conta com 10 mil programadores de software e 5 mil engenheiros informáticos na área da cibersegurança.
"A aquisição planeada da Maxive Cybersecurity irá expandir a presença europeia da S21sec e a liderança do mercado de cibersegurança. Esta operação representa uma oportunidade para a S21sec continuar a sua história de inovação e liderança em cibersegurança dentro de uma organização global totalmente dedicada à inovação digital e tecnológica, conectividade, big data, cibersegurança de inteligência artificial, tecnologia quântica e defesa", frisa o grupo Thales.
Tem dúvidas, sugestões ou críticas? Envie-me um e-mail: mprado@expresso.impresa.pt