Economia

Paulo Macedo responde a Berardo: “a Caixa não engana os clientes”

Paulo Macedo responde a Berardo: “a Caixa não engana os clientes”

Bancos contidos nos comentários ao processo de €900 milhões colocado por Berardo. Caixa recusa ter enganado o empresário, BCP diz que os portugueses conhecem o dossiê

Paulo Macedo responde a Berardo: “a Caixa não engana os clientes”

Diogo Cavaleiro

Jornalista

Paulo Macedo responde a Berardo: “a Caixa não engana os clientes”

Isabel Vicente

Jornalista

“A Caixa Geral de Depósitos não engana os clientes”. É assim que Paulo Macedo, presidente executivo do banco público, responde a José Berardo, o empresário português cujos créditos por pagar à banca portuguesa quase mil milhões de euros, e que colocou agora uma ação contra esses bancos.

“A CGD não engana os clientes, nem penso que a banca em geral engane os clientes. O litígio existe tal como todos os portugueses sabem e teve este novo episódio, a justiça vai resolver”, declarou Paulo Macedo esta quarta-feira, 11 de maio, na iniciativa CEO Banking Forum, organizada pelo Expresso e pela Accenture, e transmitida pela SIC Notícias.

O novo episódio é o processo judicial em que Joe Berardo, como é conhecido, pretende a condenação da CGD, BCP, Novo Banco e ainda o BES “mau” ao pagamento de 900 milhões de euros por lhe terem concedido os créditos sem terem revelado qual a sua real situação financeira. Foi enganado pelos bancos, defende o empresário.

O banco público tinha-se escusado a fazer comentários no dia em que a ação foi conhecida, mas Macedo deixa agora nas mãos da justiça o desfecho do caso – juntamente com o BCP e o Novo Banco, os bancos tinham já colocado em 2019 uma ação de 962 milhões para serem ressarcidos e assim conseguirem obter as obras de arte da coleção Berardo, para conseguirem esse ressarcimento.

Do lado do BCP, Miguel Maya não se quis estender: “Não tenho absolutamente nada a acrescentar, os portugueses já tiveram oportunidade de ver e ler o suficiente sobre o processo”.

Depois de ontem ter-se recusado a responder ao Expresso, o banco privado acabou por responder ao Eco que “em todas as situações de incumprimento o banco defende os seus direitos e envida os adequados esforços para recuperar o que lhe é devido”. Esse esforço tem estado a correr nos tribunais, precisamente para que os bancos consigam aceder aos ativos do empresário que possam pagar a dívida – que o empresário diz não ter de pagar.

Mas, sem acordo extrajudicial, tudo levará muito tempo.

Tem dúvidas, sugestões ou críticas? Envie-me um e-mail: dcavaleiro@expresso.impresa.pt

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